O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta meteorológico de grande perigo para seis estados brasileiros e o Distrito Federal nesta terça-feira (3).
O cenário de clima seco, que se intensificou com a recente onda de calor, representa sérios riscos à saúde e aumenta significativamente a probabilidade de incêndios florestais. Os próximos dias são de alerta máximo para a situação do clima nos locais citados abaixo.
Alerta máximo do Inmet no Brasil
De acordo com o Inmet, o aviso meteorológico classifica a situação como “grande perigo”, o que significa que a umidade relativa do ar está abaixo de 12% em algumas regiões.
Essa condição extrema de seca coloca em risco a saúde da população, podendo causar doenças respiratórias, desidratação, e até mesmo agravamento de quadros de doenças crônicas.
Além disso, o ambiente seco e quente é propício para a ocorrência de incêndios florestais, que podem se alastrar rapidamente e causar grandes danos.
Classificação de risco pelo Inmet
O Inmet divide os avisos alerta de baixa umidade em três níveis distintos, com base na gravidade da situação:
- Amarelo: Indica “perigo potencial”, com umidade variando entre 30% e 20%.
- Laranja: Sinaliza “perigo”, com umidade entre 20% e 12%.
- Vermelho: Aponta “grande perigo”, quando a umidade cai abaixo de 12%.
Segundo o instituto, neste momento, partes dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins, além do Distrito Federal, estão sob o alerta vermelho, com umidade relativa do ar registrada abaixo dos 12%.
Essa situação afeta diretamente 932 municípios brasileiros, que estão em estado de alerta máximo.
O que o alerta de clima seco provoca na saúde e no ambiente
A baixa umidade do ar pode provocar uma série de problemas de saúde, especialmente respiratórios. Doenças pulmonares, irritações na garganta, olhos secos, sangramentos nasais, além de dores de cabeça e desidratação são comuns em períodos de seca intensa.
Crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas, como asma e bronquite, estão entre os mais vulneráveis.
Além dos impactos diretos na saúde, a baixa umidade também eleva o risco de incêndios florestais. As estações meteorológicas do Inmet têm monitorado de perto a situação e apontam para um risco “perigosíssimo” de incêndios em várias regiões do país.
Esse risco é calculado com base em fatores como umidade, temperatura, ponto de condensação e velocidade dos ventos.
Onda de calor e temperaturas recordes
A onda de calor que atingiu o Brasil nesta segunda-feira (2) elevou as temperaturas a níveis recordes em várias partes do país. Segundo o Inmet, a previsão para esta terça-feira (3) é de que nove estados registrem temperaturas máximas superiores a 35°C.
Esse calor extremo, combinado com a baixa umidade do ar, cria um ambiente extremamente hostil, tanto para as pessoas quanto para o meio ambiente.
Entre as regiões mais afetadas pelo calor estão as cidades de:
Cuiabá, em Mato Grosso, que registrou a temperatura mais alta do país, com 40,1°C, e Carolina, no Maranhão, que chegou a 39,7°C. Outras cidades que registraram temperaturas elevadas incluem Diamantino (MT), Rondonópolis (MT), Pedro Afonso (TO), e Balsas (MA), todas acima de 39°C.
Lista de alerta:
- Cuiabá (MT): 40.1°C
- Carolina (MA): 39.7°C
- Diamantino (MT): 39.7°C
- Rondonópolis (MT): 39.7°C
- Pedro Afonso (TO): 39.4°C
- Balsas (MA): 39.3°C
- Cacoal (RO): 39.2°C
- Aragarças (GO): 39.1°C
- Conceição do Araguaia (PA): 39.1°C
- Porto Nacional (TO): 39.1°C
Medidas de precaução e cuidados necessários
Diante deste cenário, é fundamental que a população adote medidas para se proteger dos efeitos da baixa umidade e do calor extremo. O Inmet recomenda que as pessoas se mantenham hidratadas, bebendo muita água ao longo do dia. Também é importante evitar a exposição ao sol nas horas mais quentes, utilizar protetor solar, e preferir roupas leves e claras.
Para aqueles que precisam se deslocar ou realizar atividades ao ar livre, o uso de chapéus e óculos de sol é indicado. Em ambientes fechados, é aconselhável o uso de umidificadores de ar ou, na falta deste, toalhas molhadas ou bacias com água, que ajudam a aumentar a umidade relativa do ar no ambiente.
O alerta do Inmet serve como um lembrete para que a população esteja atenta e tome os devidos cuidados. A previsão é de que essa onda de calor e baixa umidade continue nos próximos dias, exigindo precauções extras para evitar problemas de saúde e minimizar o risco de incêndios.
Atenção: o alerta deve se estender até o final da semana.