WhatsApp pode ser banido? Lula estuda criar app de mensagem 100% brasileiro

Governo Lula planeja substituir o WhatsApp por um app de mensagens 100% brasileiro. Entenda as motivações e possíveis impactos dessa nova plataforma.

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva está prestes a causar uma revolução no universo das comunicações digitais no Brasil. Uma proposta pretende substituir o WhatsApp por um aplicativo de mensagens 100% nacional, desenvolvido com o objetivo de garantir a segurança e a soberania das comunicações no país.

O novo aplicativo, que está sendo planejado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), será inicialmente restrito ao uso corporativo pelos servidores federais. A ideia é testar o sistema antes de expandi-lo para outros órgãos do governo e, eventualmente, para a população em geral.

Com o apoio de diversas empresas brasileiras interessadas no desenvolvimento do projeto, o governo busca criar uma plataforma de mensagens que seja segura, confiável e capaz de competir com os gigantes estrangeiros. A seguir, saiba mais sobre.

Pessoa mexendo no WhatsApp deitado na rede.
Revolução digital no Brasil: governo planeja lançar app de mensagens nacional para substituir o WhatsApp. Veja como essa mudança pode afetar os usuários. (Foto: Jeane de Oliveira / Noticiadamanha.com.br).

Por que Lula quer banir o WhatsApp e criar um novo mensageiro?

A ideia de criar um aplicativo de mensagens totalmente nacional não é nova, mas ganhou força após recentes preocupações com a segurança das informações.

O presidente da ABDI, Ricardo Capelli, destaca que a inspiração para o projeto veio de incidentes passados, quando autoridades brasileiras, incluindo a então presidente Dilma Rousseff, foram alvo de espionagem por parte da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos.

Além disso, o atual embate entre o STF e a rede social X, de Elon Musk, acendeu um alerta sobre a vulnerabilidade das plataformas estrangeiras que não seguem as leis brasileiras.

O ministro Alexandre de Moraes suspendeu temporariamente a rede X no Brasil, após a plataforma não cumprir ordens judiciais.

Capelli ressalta que a criação de um app de mensagens brasileiro não é uma medida paranoica, mas uma questão de soberania nacional e segurança das informações.

Ele enfatiza que não se trata de banir plataformas estrangeiras, mas de oferecer uma alternativa segura para comunicações sensíveis, especialmente entre os servidores públicos e as forças de segurança.

Confira:

Desenvolvimento e implementação do novo aplicativo

A ABDI já está em contato com mais de dez empresas brasileiras interessadas em desenvolver o novo aplicativo.

A expectativa é que o sistema seja criado com custos moderados, já que as empresas envolvidas veem no projeto uma oportunidade estratégica de longo prazo.

O desenvolvimento do app passará por várias fases, começando com a criação de uma plataforma corporativa para uso interno no governo.

Uma vez que o sistema esteja operacional e testado pelos servidores federais, o governo poderá considerar a expansão do uso para outros órgãos públicos e, eventualmente, para o público em geral.

A principal vantagem desse aplicativo seria a garantia de que todas as comunicações realizadas por meio dele estariam protegidas por padrões de segurança brasileiros, evitando o risco de vazamento de informações para entidades estrangeiras.

Se o projeto for bem-sucedido, o Brasil poderá se tornar um dos poucos países a contar com uma plataforma de mensagens desenvolvida internamente, o que traria uma série de implicações para os usuários.

Embora a ideia inicial seja focada no uso governamental, a eventual disponibilização do app para o público pode gerar um cenário de maior diversidade de escolha entre as plataformas de mensagens.

No entanto, a proposta também levanta questões sobre o possível impacto no mercado de tecnologia e nas liberdades digitais, sobretudo se houver qualquer tentativa de restringir o uso de aplicativos estrangeiros como o WhatsApp.

Capelli, porém, afirmou que não há intenção de banir essas plataformas, mas sim de oferecer uma alternativa mais segura e alinhada aos interesses nacionais.

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