A herança de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, continua a gerar polêmica e discussões públicas após a sua morte em dezembro de 2022.
Recentemente, a notícia de que sua viúva, Márcia Aoki, deixou a mansão em Guarujá, São Paulo, repercutiu em todo o Brasil.
A decisão de Márcia em se mudar para um apartamento gerou especulações sobre o estado do imóvel, que foi deixado a ela em testamento, como parte dos 30% do patrimônio reservado à esposa.
A situação reflete os desafios contínuos enfrentados pela família de Pelé na administração e divisão dos bens deixados pelo icônico jogador.
A saída da Viúva; confira a decisão de Márcia Aoki
Márcia Aoki optou por sair da mansão, alegando que a manutenção e o tamanho da casa eram desafiadores. De acordo com o advogado da viúva, Luiz Kignel, a responsabilidade pelos custos da mansão agora recai sobre o espólio.
A mudança de residência de Márcia levanta questões sobre o futuro da propriedade, especialmente porque o imóvel foi adaptado para as necessidades de Pelé, incluindo acessibilidade e diversas obras de arte.
A mansão permanece legalmente pertencente à viúva até a conclusão do processo de inventário, o qual está sendo administrado por Edson Cholbi Nascimento, o Edinho, filho do ex-jogador.
Bens valiosos em foco
Além da mansão de Guarujá, outro imóvel significativo na Praia de Pernambuco, também deixado por Pelé, está em foco. Este casarão, uma vez cenário de eventos e festas, agora enfrenta o risco de leilão devido a dívidas associadas.
A piscina, quadra de tênis e campo de futebol são características marcantes dessa propriedade de 3.849,5 m². No entanto, o advogado de Edinho desmentiu rumores sobre o abandono do imóvel, esclarecendo que a situação está sendo monitorada e que a propriedade não está em estado de desuso.
O processo de inventário tem sido complicado por diversas questões legais e familiares. Em 2023, Edinho enfrentou desafios judiciais relacionados à sua nomeação como inventariante, devido a uma condenação anterior.
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Responsabilidades; Quem assumirá?
Embora Márcia Aoki tenha decidido não assumir a responsabilidade como inventariante, Edinho foi designado para o cargo com o aval judicial. Em outro desenvolvimento, a enteada de Pelé, Gemima Lemos Macmahon, foi oficialmente reconhecida como herdeira após uma petição judicial, consolidando sua posição na divisão da herança.
Adicionalmente, a herança de Pelé envolveu outras complexidades, como a demanda de uma suposta filha, Maria Socorro Azevedo, que foi desconsiderada após um teste de DNA negativo. O espólio de Pelé, que inclui propriedades e outros bens valiosos, está sendo dividido conforme o testamento.
A divisão estabelecida no testamento especifica que a viúva deve receber 30% dos bens, com o restante sendo distribuído entre os filhos e outros herdeiros reconhecidos, incluindo os filhos do primeiro e segundo casamentos e a enteada.
Processo em segredo de Justiça
O processo de inventário permanece sob segredo de Justiça, o que limita a divulgação de informações detalhadas sobre os bens e dívidas do espólio. A expectativa é que o processo seja concluído ainda este ano, mas até lá, a administração da herança continua a ser um tema de interesse público e familiar.
A complexidade do inventário e as questões associadas à administração dos bens de Pelé ilustram os desafios frequentes enfrentados por famílias de figuras públicas na gestão de legados substanciais.
O caso também destaca a importância de uma administração cuidadosa e transparente da herança, especialmente quando se trata de personalidades de grande notoriedade como Pelé. A administração do espólio de Pelé continua a ser um exemplo significativo de como as questões legais e familiares podem influenciar a divisão e gestão de grandes patrimônios.
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