Apple apresenta a nova Apple Intelligence em evento exclusivo. Conheça as funcionalidades que estarão nos próximos iPhones, iPads e MacBooks.
Poucos brasileiros participaram de uma demonstração exclusiva no campus da Apple nos Estados Unidos. O novo sistema de machine learning estará presente nos iPhones, iPads e MacBooks do futuro. A Apple Intelligence promete revolucionar a interação com dispositivos da marca, compreendendo o contexto do usuário e auxiliando em tarefas diárias.
A Apple apresentou a Apple Intelligence recentemente, destacando sua capacidade de entender o contexto do usuário e realizar diversas tarefas. Pense em uma Siri mais potente ou em um ChatGPT que conhece suas informações pessoais, armazenadas no iPhone. A Apple Intelligence foi demonstrada para jornalistas estrangeiros em uma sessão exclusiva no Apple Park, o campus da empresa em Cupertino, Estados Unidos.
Durante a demonstração, que durou cerca de uma hora, os participantes observaram diversas funções de IA que estarão presentes em futuros dispositivos Apple. As ações foram realizadas por membros da equipe da Apple, sem interação direta dos jornalistas com os aparelhos.
O que é a Apple Intelligence?
A Apple Intelligence é uma experiência única, apresentada a apenas quatro profissionais brasileiros. Todas as explicações foram dadas em inglês, e a Siri com AI só funciona nesse idioma, por enquanto. A Apple não forneceu informações sobre suporte a outros idiomas no futuro.
A primeira demonstração ocorreu em um MacBook com o aplicativo Mail. Um representante da Apple abriu um e-mail com quatro parágrafos e, ao passar o mouse pela tela, surgiu um menu de contexto para revisar o material.
O processo de IA generativa levou cerca de 5 segundos para indicar mudanças que tornaram o texto mais conciso e correto. A interface oferece opções de estilos, como casual ou profissional, semelhante ao Galaxy AI no WhatsApp.
O Gmail oferece resposta inteligente há anos, mas de forma mais limitada, com textos curtos. A Apple Intelligence vai além, lembrando ferramentas de escritório atualizadas recentemente pelo Google e pela Microsoft.
A Apple desenvolveu internamente todos os modelos de IA usados na Apple Intelligence, treinados com dados da Apple e de fornecedores. Não foram divulgados detalhes sobre o número de modelos, suas tarefas específicas ou parceiros envolvidos.
Outra demonstração relevante foi o resumo de textos longos. Um representante da Apple abriu um documento e ativou a função de resumo, que processou a IA generativa em cerca de 3 segundos.
Não foi possível avaliar a qualidade do conteúdo gerado pela Apple Intelligence, pois o foco da reunião estava na explicação do funcionamento e impacto na vida cotidiana das pessoas. “Queremos produzir um resultado de qualidade”, disse um membro da Apple, que preferiu não divulgar os nomes dos funcionários para manter o foco no produto.
Mais sobre tecnologia: Procurando um celular novo? Você não precisa gastar muito para ter um bom; veja só
O que vem de novo no iPhone?
O aplicativo Fotos foi redesenhado para o iOS 18, que ainda será lançado. A Apple Intelligence estará presente por meio de comandos falados ou escritos, uma novidade da nova geração da Siri.
Com comandos como “minhas melhores escaladas com Don, e termine com uma selfie”, uma animação simulando uma colagem de imagens surge na tela do iPhone. A memória, um vídeo com trilha sonora e os melhores momentos, leva cerca de 15 segundos para ser gerada.
A função vale tanto para imagens salvas localmente quanto para fotografias armazenadas no iCloud. A velocidade e desempenho da função dependem do número de fotos salvas pelo usuário.
A função de apagar objetos chega ao iOS depois de um período no macOS, atualizando a Apple em relação aos aparelhos da Samsung com Galaxy AI. Os usuários poderão apagar elementos que atrapalhem a foto perfeita, mas a ferramenta não eliminará os protagonistas da imagem.
Os Genmojis, possíveis novos emojis criados pela Apple Intelligence, podem aparecer em campanhas publicitárias. Os usuários descrevem um objeto, e a tecnologia da Apple cria um emoji com tais características, como uma cesta de morangos.
Isso não existe no catálogo oficial da Unicode, responsável por normatizar os emojis. O iPhone produz rapidamente um emoji nos moldes do sistema da Apple, de forma segura, em cerca de 5 segundos.
A Apple revelou o ambiente chamado Image Playground, onde o usuário pode descrever uma ilustração para ser produzida com apoio da IA generativa. O funcionamento parece mais veloz que o Microsoft Design, que usa tecnologia do Dall-E 3 e depende da internet. Os resultados têm estilo de caricatura ou desenho infantil, com cerca de oito opções, sem prometer imagens realistas.
Muitos efeitos especiais
O design e a experiência do usuário destacam a presença da IA nos conteúdos dos aparelhos. O conceito de “passe de mágica” é levado a cabo, com cores brilhantes que ocupam a tela até que a nova versão do conteúdo seja apresentada. A Siri no iPhone aciona bordas coloridas para indicar a detecção do contexto.
A principal vantagem da Apple na inteligência artificial generativa é a integração com as informações do usuário. O ChatGPT é excelente, mas não conhece seus compromissos, e-mails ou fotos. A Apple Intelligence, executada diretamente no iPhone, tem acesso a esses detalhes, respondendo perguntas com resumos precisos.
A Apple afirma que parte dos modelos da Apple Intelligence roda nos dispositivos. Se a ação exigir conhecimento mais aprofundado, pode recorrer à nuvem da empresa para processamento adicional. Os jornalistas presentes não puderam ver como a Apple Intelligence funciona offline, uma curiosidade persistente. Seria interessante saber quais tarefas inteligentes estarão disponíveis durante viagens sem acesso ao Wi-Fi, um cenário comum para milhões de pessoas.
A Samsung divulga quais recursos do Galaxy AI funcionam offline e quais dependem da internet. Seria útil se a Apple fizesse o mesmo, detalhando a funcionalidade offline da Apple Intelligence.
Mais sobre tecnologia: Atenção! Se você faz uma dessas 8 coisas com o seu iPhone, pare IMEDIATAMENTE