Entenda como funciona o processo de caducidade das dívidas e o que realmente acontece após cinco anos. Saiba como isso pode afetar sua vida financeira.
A ideia de que uma dívida caduca após cinco anos é comum entre os brasileiros. Com quatro em cada dez pessoas inadimplentes no país, é compreensível que essa seja uma preocupação frequente. Vamos esclarecer o que diz a legislação sobre este assunto.
Uma dívida caduca seria aquela que não pode mais ser cobrada judicialmente após um certo período. Muitas pessoas acreditam que, quando isso ocorre, a dívida deixa de existir, mas isso não é totalmente verdade. Essa visão pode levar ao equívoco de continuar com o nome sujo.
O que significa a dívida caducar após 5 anos?
De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), 80% das famílias brasileiras têm algum tipo de dívida.
Entre os participantes da pesquisa, 12% afirmam que não conseguem pagar as dívidas que possuem. Segundo a Serasa, 72 milhões de brasileiros estão inadimplentes, representando 43% da população adulta do país.
Diversos fatores contribuem para esse cenário, como a falta de planejamento financeiro e as altas taxas de juros. Mas o que realmente acontece quando dizem que a dívida caduca após cinco anos? Isso significa que o credor tem um período de cinco anos para cobrar judicialmente uma dívida.
Esse prazo é contado a partir da data de vencimento da dívida. Após esse período, a dívida não pode mais ser cobrada na justiça. Na prática, após cinco anos, a cobrança só pode ser feita de forma extrajudicial, como através de ligações telefônicas ou correspondências.
Esses cinco anos também são o prazo máximo para que o nome do consumidor permaneça nos cadastros de proteção ao crédito, como Serasa e SPC. Segundo a Serasa, dívidas com mais de cinco anos não afetam o score de crédito do cidadão.
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Todas as dívidas caducam?
Sim, todas as dívidas têm um prazo de cinco anos para serem cobradas judicialmente. No entanto, dívidas com cartões de crédito e bancos requerem atenção especial, pois podem afetar o acesso a serviços financeiros.
- Por exemplo, pode ser mais difícil obter um empréstimo se o banco identificar um débito pendente no histórico financeiro do cliente.
O histórico de inadimplência dos consumidores é registrado em órgãos como o Registrato (do Banco Central) e o Cadastro Positivo. Esses registros são consultados pelos bancos e influenciam na decisão de conceder empréstimos ou financiamentos, mesmo que a dívida tenha mais de cinco anos.
É melhor esperar a dívida caducar ou pagá-la antes?
Saber que é possível obter crédito novamente após cinco anos, mesmo sem pagar a dívida, pode levar algumas pessoas a esperar que a dívida caducar seja a melhor opção.
Todavia, é crucial lembrar que a dívida ainda pode ser cobrada e continuará a existir. A dívida pode aumentar com o tempo devido aos juros e taxas aplicados.
Portanto, prolongar o pagamento da dívida não é a melhor estratégia. O ideal é quitar o débito assim que possível para evitar o aumento da dívida e possíveis complicações financeiras.
Como limpar o nome?
O primeiro passo para limpar o nome é organizar as finanças. Isso permite entender qual valor pode ser destinado ao pagamento das dívidas.
Após essa organização, é possível procurar diretamente a empresa onde a dívida foi contraída ou usar serviços como o Serasa Limpa Nome, que permite negociar várias dívidas de uma vez e obter descontos.
Organizar suas finanças e buscar opções de negociação são etapas essenciais para limpar o nome e evitar problemas futuros.
Conhecer o prazo de cinco anos e entender que a dívida não desaparece completamente ajuda a tomar decisões financeiras mais informadas e responsáveis. Dessa forma, é possível planejar melhor suas finanças e evitar novas situações de inadimplência.
Notícia da Manhã.
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