São inúmeras as decisões que estão sendo tomadas desde que Luiz Inácio Lula da Silva, do PT (Partido dos Trabalhadores) assumiu a presidência novamente. E uma delas está ligada diretamente ao empréstimo consignado do Auxílio Brasil.
Trata-se de uma decisão que foi anunciada na última quinta-feira (12 de janeiro) pela nova presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, durante sua cerimônia de posse, e que poderá afetar a vida de muitos brasileiros, no quesito financeiro.
Beneficiários do Auxílio Brasil que aderiram ou estavam prestes a solicitar o empréstimo devem ficar atentos, pois esta modalidade chegou ao fim.
Motivo que levou ao fim do consignado do Auxílio Brasil
A primeira medida importante de Rita Serrano foi anunciar o fim do empréstimo consignado do Auxílio Brasil, e o motivo apresentado por ela é, de fato, plausível.
Ocorre que os beneficiários do Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família, não poderão mais solicitar este empréstimo a partir desta semana por que todos os cadastros serão revisados pelo Ministério do Desenvolvimento Social.
E, uma vez que não se sabe quais pessoas terão ou não seus cadastros desativados, a suspensão da oferta do consignado se fez necessária.
Outro ponto importante apresentado pela nova presidente da Caixa diz respeito aos juros pagos pelos beneficiários que têm acesso ao crédito: eles são consideravelmente altos, sendo preciso estudar uma forma de reduzi-los.
Todos os critérios e parâmetros do consignado do Auxílio Brasil serão reavaliados durantes sua suspensão, lembrando que a Caixa Econômica Federal era, até então, o principal banco a oferecer esta linha de crédito.
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O que muda para quem está com prestações em aberto
A notícia do fim deste empréstimo pegou muitas pessoas de surpresa. Porém, quem já havia feito a solicitação anteriormente e teve acesso ao dinheiro, nada muda.
As parcelas continuarão sendo descontadas diretamente do benefício, todos os meses, até que o empréstimo seja quitado.
Quem não fez a solicitação e gostaria de fazer, porém, terá que aguardar um novo pronunciamento da Caixa, a respeito da retomada (ou não) do consignado. Principalmente se for considerado o fato de que, para muitos especialistas, seria melhor que ele nem mesmo existisse.
Afinal, por meio dele é muito mais provável que as famílias em situação de vulnerabilidade social acabem se endividando. Isso sem citar o fato que, embora deva, por lei, comprometer no máximo 40% do benefício, ele acaba por reduzir o poder de compra mensal.
E por falar em dívidas:
Rita Serrano anunciou, também, que não há previsão de que beneficiários endividados por conta do consignado do Auxílio Brasil tenham suas dívidas perdoadas. Não se trata de uma iniciativa à qual a Caixa Econômica Federal possa aderir.
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