Saiba como o Banco Central está auxiliando este público com medidas especiais de renegociação de dívidas e isenção de recolhimento compulsório.
O Banco Central anunciou medidas excepcionais para auxiliar as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul (RS) a lidarem com suas dívidas.
Uma das principais iniciativas é a renegociação de dívidas até o final do ano, sem que isso afete a nota de crédito dos devedores.
O Conselho Monetário Nacional realizou uma reunião extraordinária para flexibilizar normas e garantir a continuidade da oferta de crédito, visando mitigar os impactos econômicos da tragédia no estado.
Quais dívidas serão renegociadas pelo Banco Central?
Essa medida tem como objetivo proporcionar alívio financeiro aos devedores e estimular a recuperação econômica da região.
As instituições financeiras foram autorizadas pelo Banco Central a não considerar a renegociação de dívidas como “ativos problemáticos” em decorrência das enchentes no RS.
Além disso, a classificação de risco das operações de crédito renegociadas entre 1º de maio e 31 de dezembro poderá ser mantida no nível registrado em 31 de março.
Essas medidas buscam aliviar o impacto financeiro dos devedores afetados e garantir a estabilidade do sistema bancário.
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Outras medidas anunciadas pelo Banco Central
O Banco Central também anunciou a isenção do recolhimento compulsório de depósitos de poupança para instituições financeiras com mais de 10% de sua carteira de crédito em municípios em situação de calamidade pública.
Essa isenção será válida por um ano, com liberação prevista para 27 de maio, estimando-se uma liberação de R$ 8,3 bilhões.
Agilização de indenizações do Proagro
Para acelerar a liberação de indenizações do Proagro, serão utilizadas vistorias técnicas por sensoriamento remoto e dados paramétricos de produtividade municipal.
O Proagro garante o pagamento de financiamentos agrícolas em caso de perdas na produção devido a fatores climáticos ou problemas sanitários não controláveis.
Essa medida visa simplificar o processo e torná-lo mais eficiente para os agricultores atingidos pelas enchentes no RS.
Medidas para enfrentar a situação grave
A região enfrenta uma situação grave, com 147 mortes, 127 desaparecidos e 806 feridos em decorrência das enchentes.
Diante disso, o governo federal propôs a suspensão da dívida do estado com a União por três anos, buscando proporcionar um alívio financeiro de aproximadamente R$ 11 bilhões para auxiliar na reconstrução.
Essas medidas do Banco Central visam garantir a normalidade na intermediação financeira e manter a liquidez necessária para o funcionamento do sistema, além de facilitar a compensação financeira aos setores afetados, tanto na agricultura quanto na economia local.
Para quem doar e ajudar o RS?
Órgãos do governo gaúcho já se mobilizaram e abriram contas para o recebimento de doações diretas.
SOS Rio Grande do Sul – do Governo Estadual
- Pix CNPJ: 92958800000138
Prefeitura de Porto Alegre
- Pix CNPJ: 92963560000160
Ministério Público gaúcho
- Pix CNPJ: 25404730000189
Associação do Ministério Público do RS
- Pix CNPJ: 87027595000157
Rede de Bancos de Alimentos do RS e Bancos Sociais
Para ajudar, não é preciso sair de casa. Basta contribuir via Pix, depósito bancário ou via site oficial Doe Alimentos, da Rede de Bancos de Alimentos do RS.
Correios fazem coleta de doações
Em São Paulo, Paraná e parte do Rio Grande do Sul, as agências dos Correios estão recebendo doações dos seguintes tipos:
- Alimentos não perecíveis, como arroz, feijão, massas e afins.
- Alimentos prontos, como água potável, barra de cereais, café, manteiga e outros.
- Material de limpeza, como água sanitária, vassouras, panos, sabonete etc.
- Fraldas e absorventes
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