Projeto de Lei propõe novos limites de faturamento para MEIs e empresas

Um novo projeto de lei apresentado recentemente visa atualizar anualmente os valores de faturamento para microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte. Este ajuste se basearia no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), garantindo que os limites se mantenham alinhados com a realidade econômica.

Saiba mais sobre a proposta legislativa que pretende ajustar os limites de faturamento para MEIs e pequenas empresas, promovendo justiça fiscal e adaptação econômica.

Notas de dinheiro e moedas.
Entenda o impacto do projeto de lei que busca corrigir anualmente os valores de faturamento para microempreendedores e empresas, baseado no IPCA. | Foto: Jeane de Oliveira / Noticiadamanha.com.br

Atualização Necessária para Justiça Fiscal

Desde a última atualização em 2021 para os MEIs e ainda mais antigas para micro e pequenas empresas (2016 e 2006, respectivamente), a falta de correção inflacionária tem colocado essas empresas em desvantagem competitiva. A proposta atual busca corrigir essa defasagem, promovendo justiça fiscal e permitindo que as empresas se adaptem melhor às dinâmicas de mercado e inflação.

A atualização anual do faturamento poderia revitalizar o setor empresarial, ajudando as empresas a se manterem competitivas. Contudo, o governo expressa preocupações com a possível redução na arrecadação de impostos, uma vez que mais empresas poderiam se beneficiar das condições favoráveis do Simples Nacional.

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Debate no Senado e Caminho Legislativo

A discussão no Senado foi animada, com figuras como o Senador Laércio Oliveira defendendo a necessidade do ajuste e o Senador Mecias de Jesus, autor da proposta, argumentando que os ajustes são essenciais para acompanhar a inflação. No entanto, o Senador Rogério Carvalho destacou a importância de explorar compensações fiscais para não comprometer a receita tributária.

Embora um projeto similar tenha sido aprovado pelo Senado em 2021, o desafio atual é conseguir a aprovação na Câmara dos Deputados, onde propostas anteriores foram barradas. A discussão detalhada sobre compensações fiscais será crucial para equilibrar o desejo de atualização com a necessidade de manter uma base tributária robusta.

O debate sobre o projeto de lei é um reflexo das complexidades envolvendo o crescimento empresarial e a sustentabilidade fiscal no Brasil. As próximas etapas de tramitação e negociações no legislativo definirão o cenário para os microempreendedores e pequenas empresas no país nos próximos anos.

Como tornar-se MEI?

Tornar-se um Microempreendedor Individual (MEI) é uma excelente opção para quem deseja formalizar seu negócio de maneira simples e com benefícios fiscais atraentes. O processo de formalização é realizado inteiramente online através do Portal do Empreendedor. Primeiramente, é necessário verificar se a atividade econômica desejada está entre as permitidas para o MEI, que abrange mais de 400 tipos de serviços, comércios e indústrias artesanais. Após isso, o futuro empreendedor deve preparar seu CPF, título de eleitor ou número de declaração do Imposto de Renda, e um CEP de operação, que pode ser residencial ou comercial.

Durante o cadastro, será necessário preencher um formulário com informações pessoais e detalhes sobre a atividade econômica. Uma vez completado o registro, o MEI recebe automaticamente seu CNPJ, além de estar inscrito no INSS e no ISS ou ICMS, dependendo do tipo de serviço ou produto oferecido. A partir daí, o empreendedor já pode emitir notas fiscais e terá acesso a benefícios como auxílio maternidade, auxílio doença, aposentadoria, entre outros. É importante lembrar que há um limite de faturamento anual e outras obrigações simples, como a entrega da Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI), para manter a regularidade do negócio.

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