Em um mundo que luta contra as mudanças climáticas e busca soluções sustentáveis, algumas cidades ainda enfrentam desafios monumentais para manter suas ruas limpas e o ar respirável.
Este não é um artigo comum sobre viagens ou destinos exóticos, mas um olhar realista sobre as cidades mais sujas do mundo e os impactos dessa realidade para a saúde pública e o meio ambiente.
As cidades mais SUJAS: conexão entre poluição e pobreza
A sujeira e a poluição não são meramente questões de falta de limpeza ou higiene; elas são, muitas vezes, sintomas visíveis de problemas muito maiores, como a extrema pobreza e a ausência de investimento em infraestrutura básica.
Segundo um estudo da consultoria Mercer Human Resource, destacado pela revista Forbes, cidades com os piores níveis de poluição encontram-se principalmente em países com recursos limitados.
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O Pódio
No topo dessa lista lamentável está Baku, a capital do Azerbaijão, com um índice de apenas 27,6. Seguida de perto por Daca, em Bangladesh, e Antananarivo, em Madagascar, estas cidades ilustram um desafio global que transcende fronteiras.
A poluição do ar, um dos maiores vilões dessa história, é um perigo silencioso que contribui significativamente para doenças respiratórias e outros problemas de saúde.
Curiosamente, o ranking revela que não é a indústria do petróleo o fator determinante para a sujeira de uma cidade. Calgary, no Canadá, também famosa pela sua indústria petrolífera, foi considerada a cidade mais limpa. Isso destaca que o problema não é o setor de atividade econômica per se, mas como a cidade gerencia seus resíduos e poluição, além do nível de investimento em infraestrutura pública.
Confira lista completa das cidades mais sujas
Abaixo, apresentamos uma lista de cidades ao redor do mundo onde esses desafios são particularmente significativos, baseando-se em fatores como poluição do ar, gestão de resíduos e qualidade da água.
- Baku, Azerbaijão – Enfrentando intensos desafios ambientais, principalmente devido à sua indústria de petróleo.
- Daca, Bangladesh – Luta com níveis extremos de poluição do ar e problemas de gestão de resíduos.
- Antananarivo, Madagáscar – Desafios significativos em saneamento básico e tratamento de resíduos.
- Port-au-Prince, Haiti – Problemas graves de gestão de resíduos em meio a desafios econômicos.
- Cidade do México, México – Enfrenta poluição do ar devido ao tráfego intenso e à industrialização.
- Addis Ababa, Etiópia – Lida com questões de saneamento e poluição do ar.
- Mumbai, Índia – Desafios com poluição do ar e gestão de resíduos em uma das cidades mais populosas.
- Bagdá, Iraque – Problemas ambientais exacerbados por instabilidades políticas e econômicas.
- Almaty, Cazaquistão – Questões de poluição do ar em meio ao crescimento urbano.
- Brazzaville, Congo – Enfrenta desafios significativos com gestão de resíduos e saneamento.
Não apenas uma questão de limpeza
Investir em saneamento e medidas de limpeza não é apenas uma necessidade humanitária; é uma decisão econômica inteligente. Estudos sugerem que cada dólar gasto em saneamento pode retornar até nove dólares em economia com saúde e produtividade. Ainda assim, as cidades mais afetadas pela poluição e sujeira são aquelas em nações com recursos limitados para fazer esses investimentos cruciais.
As cidades listadas como as mais sujas do mundo precisam urgentemente de nossa atenção e ação. Não apenas por uma questão de estética ou conforto, mas porque a vida e a saúde de milhões de pessoas estão em jogo. É crucial que comunidades globais, governos e organizações invistam em soluções sustentáveis e de longo prazo para combater essa questão.
O cenário pode parecer desolador, mas não está além da esperança. Ações coletivas, políticas de investimento sustentável e uma conscientização maior podem virar o jogo para essas cidades. Afinal, a limpeza e a saúde do ambiente urbano são indicadores cruciais da qualidade de vida de seus habitantes.
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