O Brasil se destaca no cenário global ocupando a 11ª posição em termos de presença feminina em cargos de liderança, de acordo com o estudo divulgado pela Grant Thornton, uma renomada empresa global de consultoria.
Este ranking coloca o Brasil à frente de muitas nações desenvolvidas e em destaque na América Latina, evidenciando os avanços e desafios enfrentados pelo país na promoção da igualdade de gênero no ambiente corporativo.
Avanços significativos e desafios persistentes
O estudo “Mulheres no Mundo Corporativo: Caminhos para a Paridade”, em sua 20ª edição, mostra que as mulheres ocupam 37% dos cargos de liderança sênior no Brasil. A pesquisa aponta para um aumento global na porcentagem de mulheres em posições de liderança, mas destaca um recuo de 2% no Brasil em relação ao ano anterior.
Este declínio é atribuído principalmente à falta de programas eficazes de Diversidade, Equidade & Inclusão (DE&I) e Environmental, Social, and Governance (ESG), que incluam políticas de sucessão, afetando notavelmente a posição de CEO.
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Comparativo internacional e a importância das políticas de suporte
Na comparação internacional, o Brasil se posiciona atrás de países como Espanha (6ª) e França (9ª), mas à frente do México (12ª), Irlanda (13ª) e Estados Unidos (16ª). O estudo revela que todos os 18 países avaliados fizeram progressos ao longo dos últimos 20 anos, com o Japão ocupando a última posição, apesar de ter dobrado sua proporção de mulheres em cargos de liderança desde 2004. As mudanças culturais e legislativas, como o apoio do governo ao cuidado infantil e políticas de licença-maternidade mais favoráveis, são destacadas como essenciais para alcançar a equidade de gênero.
Liderança mundial nas políticas de gênero
Filipinas, África do Sul e Tailândia lideram o ranking, sendo exemplos de sucesso devido às suas políticas de governança corporativa e iniciativas voltadas para o empoderamento feminino. Na África do Sul, por exemplo, há mais de uma década são realizadas ações significativas contra o assédio sexual e a violência doméstica.
As Filipinas, por sua vez, há cerca de quatro anos, exigem que empresas de capital aberto divulguem o número de mulheres em cargos de liderança em suas demonstrações financeiras, promovendo mudanças significativas na cultura organizacional. Já a Tailândia, membro do Equal Futures Partnership desde 2000, comprometeu-se com iniciativas para incentivar a participação feminina tanto na economia quanto na política.
Rumo à equidade de gênero
Para aumentar a proporção de mulheres em posições de liderança, é imprescindível a implementação de programas específicos que abordem a questão da liderança feminina, desde a alta administração até a base da empresa. Élica Martins, sócia de Auditoria da Grant Thornton, alerta que sem um programa bem definido de liderança feminina, as empresas correm o risco de ver uma redução nesses números, projetando que a equidade de gênero só será alcançada em 2053 caso as ações atuais permaneçam inalteradas.
Este cenário ressalta a urgência de ações concretas e a necessidade de comprometimento das empresas com a diversidade, equidade e inclusão para assegurar um progresso real e sustentável em direção à paridade de gênero no ambiente corporativo.
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