A transição energética dos veículos movidos a combustíveis fósseis para os elétricos tem sido um tópico de amplo debate e estudo por consultorias especializadas globalmente. A diversidade de projeções reflete a complexidade inerente ao tema, variando desde visões conservadoras até as mais otimistas, revelando uma volatilidade que espelha os desafios tecnológicos e econômicos enfrentados pela indústria automotiva.
Fique atento à estas mudanças
Recentemente, a consultoria Gartner projetou que, até 2027, os veículos elétricos poderão ter custos de produção inferiores aos dos veículos a combustão, desconsiderando o custo das baterias, que hoje representam aproximadamente 40% do preço ao consumidor.
Essa expectativa é baseada em avanços tecnológicos, exemplificados pela Tesla com inovações na manufatura. Contudo, tais avanços podem também elevar os custos de reparo em caso de acidentes, impactando potencialmente os preços dos seguros.
O cenário para startups do setor de veículos elétricos é desafiador, evidenciado pela dificuldade de algumas em se manterem no mercado. Exemplos incluem Lordsown Motors e Proterra, além da Fisker e Rivian, que enfrentaram problemas significativos.
No contexto brasileiro, a consultoria Bright oferece uma visão distinta para 2030, considerando a matriz energética nacional e as peculiaridades do mercado. Preveem que veículos híbridos, em suas diversas categorias, dominarão as vendas, com uma participação combinada de 48,5%, enquanto os veículos puramente elétricos representarão apenas 9,8% do mercado.
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Pontos-chave da análise da Bright
- A eletrificação veicular avançará através de diversas tecnologias de propulsão, adaptadas às condições e recursos energéticos do Brasil.
- A mobilidade sustentável no país necessitará de uma abordagem holística, considerando aspectos sociais e econômicos, além dos ambientais.
- A indústria automobilística brasileira se adaptará à eletrificação mantendo a produção de veículos a combustão e híbridos em linhas de montagem similares.
Desempenho da indústria automobilística
A produção automobilística e as vendas iniciaram 2024 com indicadores positivos, apesar das interrupções causadas pelos feriados de Carnaval, refletindo uma recuperação ante um início de ano desafiador em 2023.
Marcio Leite, presidente da Anfavea, enfatizou a necessidade de novos testes de durabilidade diante do aumento proposto na mistura de etanol e biodiesel nos combustíveis, destacando preocupações ambientais e técnicas.
Mercado de veículos elétricos e híbridos
A participação de mercado de veículos elétricos e híbridos sofreu uma leve retração, destacando a complexidade na adoção dessas tecnologias em larga escala no Brasil. Ainda assim, híbridos plugáveis emergem como uma alternativa promissora, oferecendo flexibilidade para viagens longas sem as limitações dos veículos puramente elétricos.
O Audi Q5 55 TFSIe quattro exemplifica bem a proposta dos híbridos plugáveis, combinando eficiência, desempenho e autonomia, demonstrando que, enquanto o Brasil caminha para a eletrificação veicular, soluções adaptadas à realidade nacional e às preferências dos consumidores desempenharão um papel crucial nessa transição.
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