Na madrugada de sexta-feira (1), o Pará perdeu um de seus empresários mais emblemáticos, Benedito Mutran Filho, conhecido carinhosamente como Bené Mutran. A notícia de sua morte em Belém chocou o estado, onde ele era reconhecido por sua significativa contribuição ao setor agrícola e pecuário.
Triste notícia é confirmada pela família
Bené Mutran era proprietário da renomada fazenda Cedro, localizada no sudeste paraense. A fazenda era conhecida pela criação de gado nelore e pelo extrativismo sustentável da castanha do Pará, atividade que projetou a família Mutran como referência no processamento e na exportação desse produto. Sucedendo seu pai, o original “rei da castanha do Pará”, Bené se aventurou no gerenciamento dos castanhais aos 24 anos, perpetuando o legado familiar com destreza e visão de futuro.
Sob sua gestão, a empresa Benedito Mutran & Cia. Ltda., com a marca BMNuts, expandiu o mercado da castanha paraense para diversos países, incluindo Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, entre outros. Sua atuação não se limitou à castanha, tendo sido um dos pioneiros no aprimoramento genético do nelore no Brasil, especialmente por meio de programas de melhoramento iniciados na década de 1980.
Embora as fazendas tenham sido vendidas ao longo dos anos, a empresa BMNuts continua sua operação, simbolizando o legado de Bené Mutran no setor agropecuário. A trágica circunstância de sua morte, após uma queda do edifício Diamond Tower, onde residia, está sob investigação policial.
Bené Mutran deixa três filhos: Bené Neto, Isabella e Rodrigo Mutran. Detalhes sobre o velório e sepultamento ainda serão divulgados, marcando o adeus a uma figura central da história agropecuária paraense.
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Entenda sobre o comércio das Castanhas no Brasil
O comércio de castanhas no Brasil representa uma parcela significativa do setor agrícola, destacando-se tanto no mercado interno quanto no internacional. A castanha-do-Pará, também conhecida como castanha-do-Brasil, é o produto mais emblemático, originário principalmente da região amazônica.
Este negócio não apenas impulsiona a economia local, mas também promove a conservação ambiental, visto que a colheita das castanhas incentiva a manutenção das árvores em pé, contribuindo para a luta contra o desmatamento.
Além do aspecto econômico, o comércio de castanhas fomenta o desenvolvimento social por meio da geração de empregos e da valorização da cultura e dos conhecimentos tradicionais das comunidades extrativistas. Esses trabalhadores dependem da floresta para o seu sustento e, ao mesmo tempo, são guardiões da biodiversidade local.
Nos últimos anos, o Brasil tem ampliado sua presença nos mercados internacionais, exportando castanhas para diversos países. Esse sucesso deve-se à qualidade do produto, que é rico em nutrientes e apreciado mundialmente por suas propriedades benéficas à saúde. Assim, o comércio das castanhas no Brasil desempenha um papel crucial no equilíbrio entre desenvolvimento econômico, preservação ambiental e bem-estar social, evidenciando a importância de práticas sustentáveis na exploração dos recursos naturais.
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