O ano de 2024 marca uma revolução no ranking dos passaportes mais poderosos do mundo, com transformações significativas que refletem o dinamismo da geopolítica global e a recuperação pós-pandemia. O Henley Passport Index, um indicador de prestígio no campo da mobilidade global, revelou mudanças impressionantes em seu ranking anual, destacando-se a ascensão de novos líderes e a melhora significativa na posição do Brasil.
Este artigo explorará as principais mudanças e tendências observadas no ranking dos passaportes mais poderosos em 2024, proporcionando uma visão ampla sobre a liberdade de viagem e as mudanças geopolíticas que influenciam a mobilidade internacional.
Mudanças no Ranking dos Passaportes Poderosos
No ranking de 2024, o Brasil subiu três posições, ocupando agora o 17º lugar com acesso sem visto a 173 destinos. Isso reflete um avanço significativo na liberdade de viagem para os brasileiros. O topo do ranking agora é compartilhado por seis países, uma mudança notável do domínio anterior de Japão e Singapura. França, Alemanha, Itália, Espanha, Japão e Singapura lideram a lista, permitindo a seus cidadãos acessar 194 dos 227 destinos globais sem a necessidade de visto.
A análise do ranking revela uma tendência contínua de maior liberdade de viagem, com a média global de destinos acessíveis sem visto quase dobrando desde 2006. No entanto, a disparidade entre os passaportes no topo e na base do ranking é mais acentuada do que nunca, ilustrando as desigualdades em mobilidade global. Enquanto os países mais bem classificados agora têm acesso sem visto a 166 destinos a mais que o Afeganistão, que ocupa a última posição, a lacuna de mobilidade global permanece ampla.
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Impacto Global e Tendências Futuras
Entre os avanços mais notáveis na última década está o dos Emirados Árabes Unidos, que saltou do 55º para o 11º lugar, adicionando 106 destinos sem visto ao seu passaporte. Enquanto alguns países experimentaram um aumento significativo em seus rankings de passaportes, outros viram uma queda em sua mobilidade global. Por exemplo, a Rússia, apesar de adicionar destinos à sua lista, mudou pouco em termos de classificação desde 2017, ocupando agora o 51º lugar com acesso a 119 destinos. Essa variação reflete as complexidades geopolíticas e as mudanças nas políticas de visto, que têm um impacto direto na liberdade de viagem dos cidadãos desses países.
À medida que entramos mais profundamente na década de 2020, espera-se que as tendências em mobilidade global continuem evoluindo, influenciadas por fatores como políticas de visto, relações diplomáticas e estabilidade econômica. O ranking do Henley Passport Index serve como um termômetro da liberdade de viagem, um aspecto cada vez mais valorizado em um mundo interconectado.
O Henley Passport Index, mais do que apenas um ranking, representa uma análise profunda das tendências de mobilidade global. À medida que avançamos, a liberdade de viagem continuará a ser um indicador importante da influência e das relações internacionais de um país. A tendência observada até agora sugere que, embora a liberdade de viagem tenha aumentado em média, a disparidade entre os países no topo e na base do índice é provável que continue, refletindo diferenças mais amplas em termos de acesso e oportunidades globais.
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