O final do ano, infelizmente, é marcado por acidentes nas rodovias do Brasil. Muitas pessoas insistem em dirigir sob o efeito de álcool e drogas. Por isso, a fiscalização costuma utilizar bafômetro. Mas o que poucos conhecem é o drogômetro, que pode acusar mais do que o uso de bebida alcoólica pelo motorista.
Dados de acidentes
Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram registrados 730 acidentes nas rodovias do Brasil no feriado de Ano Novo de 2022, entre 30 de dezembro e 2 de janeiro. Destes, 370 foram considerados graves, com vítimas fatais ou feridas.
Dos 730 acidentes, 312 foram causados pelo uso de álcool pelos motoristas. Isso representa 42,5% do total de acidentes registrados no feriado.
No mesmo período, foram registradas 70 mortes em acidentes de trânsito nas rodovias federais do Brasil. Desse total, 44 foram causadas pelo uso de álcool pelos motoristas.
Os dados da PRF mostram que o uso de álcool continua sendo uma das principais causas de acidentes de trânsito no Brasil. É importante lembrar que dirigir sob efeito de álcool é uma infração gravíssima, que pode resultar em multa, suspensão da carteira de motorista e até mesmo prisão.
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O que é o drogômetro e o que falta para ser usado
O drogômetro é uma ferramenta que detecta a presença de drogas no organismo humano, por meio de uma amostra de saliva. No Brasil, o uso do drogômetro ainda não é regulamentado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), o que impede seu uso na fiscalização de trânsito.
Para que o drogômetro seja regulamentado, o Contran precisa definir os requisitos técnicos e científicos para o uso do equipamento. Esses requisitos devem incluir a confiabilidade do aparelho, a precisão dos resultados, a segurança do procedimento de coleta da amostra de saliva e a aplicabilidade do equipamento em diferentes situações.
Os testes com o drogômetro no Brasil começaram em 2021, com a participação da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os resultados dos testes foram positivos, mostrando que o equipamento é eficaz na detecção de drogas no organismo.
Em 2023, o Contran criou uma comissão para estudar a regulamentação do drogômetro. A comissão está formada por representantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Ministério da Saúde, do Ministério da Infraestrutura e do Contran.
A comissão tem até o final de 2024 para apresentar um relatório com as recomendações para a regulamentação do drogômetro. Se as recomendações forem aprovadas pelo Contran, o drogômetro poderá ser usado na fiscalização de trânsito no Brasil a partir de 2025.
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Como o drogômetro funciona?
O drogômetro funciona por meio de um sensor que detecta a presença de substâncias psicoativas na saliva. Essas substâncias são liberadas no organismo quando uma pessoa usa drogas.
O procedimento de coleta da amostra de saliva é simples. O motorista deve abrir a boca e deixar o sensor do drogômetro entrar em contato com a saliva por alguns segundos.
O resultado do teste é apresentado em poucos minutos. Se o teste for positivo, o motorista é multado e pode ter a carteira de motorista suspensa.
Vantagens do uso na fiscalização de trânsito
O uso do drogômetro na fiscalização de trânsito tem várias vantagens, entre as quais:
- Aumento da segurança nas rodovias: dirigir sob o efeito de drogas é um grave risco à segurança no trânsito. O uso do drogômetro pode ajudar a reduzir o número de acidentes causados por motoristas embriagados ou drogados.
- Maior eficiência da fiscalização: o drogômetro é um método rápido e eficaz de detectar o uso de drogas. Isso pode ajudar a aumentar a eficiência da fiscalização de trânsito e reduzir o tempo de parada dos veículos.
- Redução de custos: o uso do drogômetro pode reduzir os custos da fiscalização de trânsito. Isso ocorre porque o equipamento é mais barato que o bafômetro e pode ser usado em mais veículos ao mesmo tempo.
O uso do drogômetro na fiscalização de trânsito é uma medida importante para aumentar a segurança nas rodovias brasileiras. A regulamentação do equipamento pelo Contran é um passo importante para que essa medida se torne realidade.