O senador dos Estados Unidos Ron Wyden acusou governos estrangeiros de exigirem dados da Apple e do Google, responsáveis pelas notificações push em smartphones. Segundo Wyden, essas informações podem ser usadas para espionar a atividade online dos usuários.
Se você é uma pessoa que teme esse tipo de situação, vale a pena entender o teor das acusações feitas pelo senador dos EUA.
Espionagem com notificações push
As notificações push são aquelas que aparecem na tela para alertar usuários sobre mensagens recebidas, notícias ou atualizações em redes sociais. Todas essas notificações passam pelos servidores do Google ou da Apple, a depender do sistema do smartphone.
A acusação de Wyden é que isso coloca as empresas em uma posição única para facilitar a vigilância governamental de como os usuários estão usando aplicativos específicos.
Veja também: Você vai PIRAR com a novidade que o WhatsApp lançou no beta
O que dizem as empresas sobre a acusação do senador
A Apple afirmou que a carta do senador lhe deu a oportunidade de atualizar suas políticas de transparência relacionadas às notificações push. Segundo a empresa, o governo federal havia a proibido de compartilhar informações sobre o destino desses dados.
O Google disse que compartilha com o senador o compromisso de manter os usuários informados sobre essas solicitações de compartilhamento.
O Departamento de Justiça não retornou os pedidos de comentários da Reuters.
Veja também:Governo anuncia mudanças no saque-aniversário do FGTS em 2024
O que diz o governo
A carta do senador Wyden ainda disse que ele obteve as informações através de uma dica de uma fonte familiarizada, mas que preferiu não ser identificada ou nomear os governos estrangeiros envolvidos nos pedidos por compartilhamento dos dados. A fonte apenas os descreveu como “democracias aliadas aos Estados Unidos”, sem dizer a quanto tempo essa coleta vem acontecendo.
As acusações do senador Wyden levantam preocupações sobre a privacidade dos usuários de smartphones. Se confirmadas, elas mostrariam que governos estrangeiros estão usando uma ferramenta comum para espionar as atividades online de pessoas em todo o mundo.