Adeus, pindaíba: 10 dicas para por ordem no orçamento

Final do ano chegando e quem está endividado começa a planejar o orçamento para 2024 pensando em como mudar a própria realidade. Em um contexto de desafios econômicos, a gestão financeira se tornou crucial para muitas famílias pelo país.

De acordo com dados recentes da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias endividadas atingiu 78,5% em junho, com 18,5% delas se considerando muito endividadas, o maior índice desde janeiro de 2010.

Mas como começar 2024 mais leve e sem dívidas? A seguir, continue lendo e confira 10 dicas para organizar as finanças e começar o ano resolvendo as pendências financeiras.

Dicas para organizar o orçamento e resolver as dívidas.
Dicas para organizar o orçamento e resolver as dívidas./ Foto: Jeane de Oliveira / noticiadamanha.com.br

10 dicas para organizar o orçamento e sair das dívidas

Frente a esta realidade desafiadora, a necessidade de organizar as finanças pessoais é evidente. Compartilhamos aqui 10 dicas fundamentais para ajudar famílias a enfrentarem tais desafios:

  1. Elabore um orçamento realista:
    Registre todas as receitas e despesas mensais para ter uma visão clara das finanças. Isso ajuda a identificar áreas para economizar.

  2. Estabeleça metas financeiras:
    Defina metas específicas e mensuráveis para manter o foco e tomar decisões financeiras mais assertivas.

  3. Priorize dívidas com juros altos:
    Concentre-se em pagar dívidas com taxas elevadas para economizar dinheiro a longo prazo.

  4. Construa uma reserva de emergência:
    Poupe regularmente para cobrir pelo menos três meses de despesas essenciais e proteger-se de gastos inesperados.

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  5. Automatize suas finanças:
    Configure pagamentos automáticos para evitar atrasos e facilite a poupança.

  6. Evite compras impulsivas:
    Reflita sobre a necessidade do item antes de comprar, evitando decisões impulsivas.

  7. Reveja assinaturas e gastos mensais:
    Avalie e cancele serviços pouco utilizados para direcionar recursos para economia ou pagamento de dívidas.

  8. Negocie taxas e juros:
    Busque reduções em taxas e juros com credores e provedores de serviços.

  9. Prepare-se para emergências médicas:
    Além da reserva de emergência, tenha um plano para despesas médicas não cobertas pelo seguro.

  10. Invista de acordo com seu perfil de risco:
    Consulte um especialista para diversificar seus investimentos alinhados aos objetivos e perfil de risco.

Cada pessoa tem circunstâncias únicas, tornando essas dicas diretrizes gerais adaptáveis à situação pessoal. A chave está na adaptação e comprometimento pessoal, considerando objetivos individuais e tolerância ao risco.

Endividamento afeta orçamento e economia do país

O endividamento no Brasil é um desafio estrutural que impacta significativamente tanto a economia nacional quanto o orçamento das famílias.

Segundo dados do Banco Central, o endividamento das famílias brasileiras atingiu patamares expressivos, com uma parcela considerável comprometida com dívidas.

Em um cenário onde a taxa básica de juros, a Selic, permaneceu historicamente baixa por um período, houve um estímulo ao crédito, resultando em um aumento do endividamento.

Isso se reflete em números: de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em levantamento recente, mais de 60% das famílias brasileiras possuem algum tipo de dívida.

Esse quadro de endividamento afeta diretamente a economia do país, restringindo o poder de consumo das famílias.

Com uma parcela significativa do orçamento destinada ao pagamento de dívidas, há uma redução no consumo de bens e serviços.

Além disso, o endividamento excessivo pode levar a inadimplência, criando um ciclo que prejudica a estabilidade financeira das famílias.

Esse impacto se estende à economia, influenciando a atividade do comércio e dos serviços, uma vez que famílias endividadas tendem a reduzir seus gastos discricionários.

A complexidade do endividamento reflete-se na diversidade de suas origens, que podem incluir desde dívidas ligadas ao consumo, como cartões de crédito, até compromissos financeiros com empréstimos habitacionais.

A falta de educação financeira e a falta de planejamento orçamentário são fatores adicionais que contribuem para esse cenário desafiador.

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