Em um mundo cada vez mais digital, criminosos têm se adaptado rapidamente à tecnologia e se aproveitado para ‘pescar’ vítimas desavisadas, até mesmo aquelas que buscam emprego em apps como o LinkedIn. Continue a leitura, logo abaixo, e entenda como funciona a nova tática fraudulenta que escolhe candidatos às supostas vagas como suas próximas vítimas.
Golpe das vagas
No mundo virtual, a busca por oportunidades de emprego muitas vezes se transforma em uma armadilha, onde os candidatos podem cair vítimas de um esquema ardiloso conhecido como “phishing”.
Em entrevista ao g1, Thaisy Pecsén, profissional de marketing do Rio de Janeiro, compartilhou sua experiência recente no LinkedIn, alertando outros usuários sobre os perigos que enfrentou ao se candidatar a vagas de trabalho remoto no exterior. Acompanhe a história na leitura a seguir.
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Os falsos recrutadores no LinkedIn
Thaisy relata que, ao se candidatar para algumas vagas, foi surpreendida por uma recrutadora que a abordou rapidamente pelo chat. A agilidade da interação levantou suspeitas, mas Thaisy prosseguiu, inicialmente pensando se tratar de um sistema automático.
No entanto, a recrutadora fez perguntas e enviou um arquivo em PDF contendo links suspeitos, todos em nome de uma empresa amplamente reconhecida globalmente.
O relato de Thaisy descreve um cenário comum nesses golpes virtuais, onde a isca é lançada e espera-se que as vítimas “mordam” ao clicar em links aparentemente inofensivos. O termo “phishing” é uma jogada de palavras com “fishing” (pesca), ilustrando a estratégia de atrair incautos para o golpe.
A anatomia do golpe: como funciona o “Phishing”
O golpe se desenrola quando o suposto recrutador encoraja o candidato a clicar em um link que, segundo as vítimas, precisa ser instalado no computador.
Quando o arquivo, aparentemente uma apresentação detalhada da vaga, é aberto, o computador é infectado por um vírus, comumente um malware. Os golpistas não poupam esforços ao utilizar identidades visuais de empresas reais e até mesmo copiar nomes de cargos reais nas companhias.
Lucas Lago, especialista do Instituto Aaron Swartz de Ciberativismo, esclarece que o golpe só é bem-sucedido se o malware for instalado antes que a vítima perceba a fraude. Uma vez que a vítima questiona o recrutador sobre a autenticidade da vaga, o bloqueio imediato ocorre.
Outros casos de golpes no LinkedIn
O relato de Thaisy não está isolado. Isabella Penna, também em busca de uma oportunidade, enfrentou uma abordagem semelhante.
Após se candidatar para uma vaga na mesma área, recebeu uma mensagem para marcar uma entrevista, mas antes, deveria acessar links para obter informações sobre a vaga.
Desconfiada, Isabella percebeu a suspeição ao encontrar dificuldades para abrir links e optou por não instalar arquivos suspeitos. Ambas as candidatas foram posteriormente bloqueadas pelos supostos recrutadores, que, ao que parece, operavam com grande número de candidaturas falsas.
O LinkedIn, ao ser questionado sobre os casos, confirmou a remoção dos anúncios das vagas mencionadas pelas profissionais. A plataforma assegura que emprega defesas automatizadas e manuais para detectar e remover rapidamente anúncios falsos de emprego.
Protegendo-se do “Phishing”: dicas de especialistas e do LinkedIn
Lucas Lago e o LinkedIn compartilham orientações valiosas para evitar cair nas armadilhas do “phishing”:
- Evite fazer o download de arquivos enviados diretamente por email ou chat, uma vez que a origem pode ser difícil de verificar;
- Utilize antivírus tanto em dispositivos móveis quanto em computadores;
- Desconfie de publicações que, apesar de parecerem ser de empresas conceituadas, não apresentam um site oficial ou e-mail com domínio próprio;
- Fique atento a respostas à candidatura que solicitem a abertura de links para responder perguntas adicionais, especialmente se envolverem informações pessoais;
- Confirme a identidade do anunciante através de pesquisa online, verificando informações de contato fornecidas, como endereço, telefone comercial e e-mail.
A cautela é a melhor aliada contra essas artimanhas virtuais, e os profissionais em busca de oportunidades devem estar sempre alertas para preservar sua segurança online.
O “phishing” pode ser uma pesca virtual perigosa, mas com conhecimento e precaução, é possível evitar cair na rede dos golpistas.
*Com informações do g1.
Assista ao vídeo abaixo e saiba mais detalhes sobre o que está por trás do golpe do recrutamento.
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