A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) possui um papel estratégico em situações de emergência sanitária, contribuindo para a gestão de crises e a implementação de medidas que visam proteger a saúde da população. Acompanhe a leitura a seguir e saiba mais detalhes sobre um recente alerta emitido pela agência reguladora junto ao Ministério da Saúde.
Alerta de saúde
Criada em 1999 com o propósito de unificar e fortalecer as ações de vigilância sanitária no Brasil, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) segue como um órgão regulador único e autônomo para lidar com questões relacionadas à saúde, especialmente no que diz respeito à regulamentação e fiscalização de produtos e serviços que impactam a saúde pública.
A agência reguladora também desempenha um papel estratégico em situações de emergência sanitária, contribuindo para a gestão de crises e a implementação de medidas que visam proteger a saúde da população.
Siga a leitura abaixo e saiba mais detalhes sobre um caso recente de irregularidade sanitária no qual a Anvisa precisou entrar em ação.
Leia mais: Marca famosa de arroz foi barrada pela Anvisa? Entenda o caso
Anvisa entra em ação e retira produto das prateleiras
O Ministério da Agricultura determinou a retirada de circulação de quatro lotes de feijão das marcas “Da Mamãe” e “Sanes”, após serem identificados como inadequados para o consumo.
A decisão foi baseada na constatação de que esses produtos apresentavam um percentual de grãos mofados e ardidos superior a 15%, o que representa um sério risco à saúde dos consumidores.
Os lotes afetados são o 51 de feijão cores e o 06 de feijão preto, ambos da marca Da Mamãe, além dos lotes 030423 e 080323 de feijão preto da marca Sanes. Esses lotes irregulares foram localizados tanto no Rio de Janeiro quanto no Distrito Federal.
Hugo Caruso, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, alertou sobre os perigos desses grãos, destacando que podem conter micotoxinas prejudiciais ao organismo, desencadeando intoxicações alimentares e reações alérgicas, conforme comunicado do Ministério.
Como os lotes foram identificados?
Os lotes considerados impróprios para consumo foram identificados durante uma operação realizada pelo Ministério no mês de abril, resultando na apreensão de mais de 150 toneladas de feijão no estado do Rio de Janeiro.
Após passarem por análises laboratoriais, ficou confirmada a não conformidade com os padrões de qualidade e segurança exigidos para o consumo.
Ministério da Saúde emite alerta
Além disso, o Ministério ressaltou que os feijões irregulares foram encontrados em diferentes regiões, reforçando a importância de os consumidores estarem atentos e verificarem minuciosamente as embalagens dos produtos antes da compra, evitando possíveis complicações.
A recomendação do Ministério é que os consumidores denunciem imediatamente a comercialização dos quatro lotes de feijão. As denúncias podem ser realizadas por meio do telefone de atendimento do Ministério, discando (61) 3218-2089, ou pelos canais oficiais dos órgãos de defesa do consumidor.
Por fim, o Ministério da Agricultura solicita que os consumidores verifiquem a presença de algum pacote de feijão das marcas e lotes mencionados em suas residências ou estabelecimentos.
Caso tenham adquirido esses produtos, a orientação é interromper imediatamente o consumo e entrar em contato com o estabelecimento de compra para providenciar a devolução ou o descarte adequado, conforme comunicado oficial.
Os devidos cuidados com os alimentos
Embora o “teste do nariz” seja comum para identificar alimentos estragados, como o feijão, é importante ressaltar sua limitação, uma vez que as bactérias causadoras de doenças podem não apresentar odores desagradáveis.
Uma medida mais confiável é etiquetar os alimentos, indicando a data de preparo em receitas caseiras e consumindo produtos dentro do prazo de validade estipulado para os industrializados.
Você sabe a importância do papel da Anvisa na proteção da saúde do consumidor brasileiro? Assista ao vídeo abaixo e conheça um pouco mais sobre a agência reguladora.
Leia também: Quais cosméticos foram classificados como “perigosos” pela Anvisa