A forte onda de calor que tem castigado os brasileiros chegou na última semana e deve se manter no país, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) que prevê a continuidade de altas temperaturas nos próximos sete dias, exigindo uma atenção redobrada para evitar problemas de saúde decorrentes desse cenário. Siga a leitura abaixo e saiba as principais recomendações para se proteger.
Um sol para cada um
A última segunda-feira (13) marcou um alerta de “grande perigo” em sete estados brasileiros, conforme anunciado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rondônia e São Paulo foram apontados pelo instituto como locais com condições extremas de alta temperatura, suscitando preocupações quanto à integridade física da população.
O Inmet prevê a continuidade da onda de calor nos próximos dias, exigindo uma atenção redobrada para evitar problemas de saúde decorrentes desse cenário.
A hidratação e a proteção contra a exposição solar tornam-se medidas cruciais para preservar a saúde durante períodos de calor intenso. Contudo, essas precauções não esgotam o leque de cuidados necessários.
Acompanhe a leitura a seguir para conhecer algumas das principais recomendações, segundo especialistas.
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As principais recomendações para se proteger do calor
1. Tome cuidado com o que come
A temporada de calor propicia a proliferação de bactérias nos alimentos, elevando o risco de intoxicação alimentar. Em entrevista ao Portal IG, o gastrocirurgião e endoscopista Dr. Eduardo Grecco deixa claro a importância de se certificar se os alimentos foram corretamente armazenados, mantidos tampados e retirados apenas no momento da refeição.
Essa prática garante que não haja contaminação dos alimentos, evitando problemas gastrointestinais graves. Em ambientes externos, como restaurantes, onde a ventilação pode ser inadequada, o médico destaca a necessidade de atenção.
Ele recomenda evitar buffets não refrigerados, pois a proliferação excessiva de bactérias pode contaminar os alimentos. Em horários de calor intenso, Grecco aconselha escolher refeições leves, como saladas, verduras e frutas, e evitar frituras devido ao tempo de digestão mais demorado.
Sobre frutas, ele aconselha dar preferência a variedades inteiras e com casca, como maçã e banana, facilitando a preservação e lavagem, se necessário. A hidratação constante é fundamental, considerando a perda de líquidos durante a transpiração.
A desidratação, quando combinada com problemas gastrointestinais, pode agravar a situação, levando até mesmo à internação em casos extremos.
É de fundamental importância os cuidados com crianças e idosos, por conta da baixa imunidade que pode piorar infecções. Alterações de comportamento, como falta de disposição em crianças e diarreia intensa em idosos, exigem atenção imediata e busca por atendimento médico.
2. Calor e o coração
Em relação a problemas cardiovasculares, o médico cardiologista Dr. Marcelo Cantarelli alerta para a gravidade da situação. Em temperaturas extremas, seja calor ou frio, a incidência de mortes por doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, aumenta significativamente.
Cantarelli destaca que, a cada grau acima de 21ºC, a taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares relacionadas à temperatura aumenta entre 6 a 8%. É essencial reconhecer os sintomas dessas doenças, como dor no peito para o infarto e perda súbita de membros para o AVC. Em caso de qualquer sintoma, a busca por atendimento médico imediato é fundamental.
Além da hidratação e proteção solar, essenciais para prevenir doenças cardiovasculares, Cantarelli enfatiza a importância de escolher horários mais frescos para a prática de exercícios físicos.
O calor excessivo, combinado com desidratação, pode levar a alterações na pressão arterial e aumento da frequência cardíaca, aumentando o risco de eventos cardiovasculares.
Ele também ressalta a necessidade de revisar as medicações, especialmente para os idosos, ajustando as doses para acomodar as mudanças fisiológicas relacionadas ao calor. Esse ajuste deve ser feito sob a supervisão do médico responsável.
3. Ar quente e a respiração
O sistema respiratório demanda atenção durante períodos de calor extremo, conforme explica o otorrinolaringologista Dr. Marcel Menon Miyake. A desidratação da mucosa nasal devido à intensa transpiração pode causar irritações, agravando condições pré-existentes como rinite e asma.
A hidratação do corpo e a lavagem com soro fisiológico são recomendadas para prevenir problemas decorrentes da mucosa nasal ressecada. Além disso, o aumento da concentração de poluentes atmosféricos, comum em períodos quentes e secos, pode agravar condições respiratórias, como rinite e asma.
A exposição prolongada ao sol, associada ao aumento da sudorese, pode favorecer problemas como insolação e micose. Evitar a exposição direta ao sol e manter a higiene pessoal são práticas essenciais para prevenir essas ocorrências.
Proteção é a chave
Em conclusão, diante do alerta de “grande perigo” emitido pelo Inmet, é imprescindível que a população adote medidas preventivas abrangentes para preservar a saúde durante esse período de calor extremo.
A atenção aos hábitos alimentares, cuidados com o sistema cardiovascular, e a preservação do sistema respiratório são fundamentais para enfrentar os desafios impostos por condições climáticas adversas.
*Com informações do Portal IG.
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