Frequentemente, nossos dados pessoais, como o CPF, podem ser são requisitados. Seja através das redes sociais, durante o preenchimento de formulários online, ao efetuar compras, ou, até mesmo, quando nos solicitam estas informações em estabelecimentos como farmácias e supermercados, em troca de benefícios diversos.
Mas como podemos aproveitar os benefícios de dividir informações pessoais sem colocar nossos dados em risco? A seguir, continue lendo para saber como proteger seus dados pessoais sem deixar de aproveitar as vantagens.
Como proteger seu CPF de fraudes
Uma importante medida para evitar fraudes é lembrar que o fornecimento do CPF, e de outras informações pessoais, é uma ação opcional, não uma exigência.
A coleta destes dados só é permitida com o consentimento do cliente ou quando estabelecida por uma obrigação legal, como a abertura de contas bancárias.
Ou seja, de primeira o consumidor já pode avaliar se a empresa que está solicitando seus dados pessoais é idônea. E ao menor risco de ser uma ação fraudulenta, jamais forneça os dados.
O advogado Brenno Cavalcanti, em uma entrevista ao Metro1, detalhou as precauções que a população deve tomar para evitar se tornar uma vítima de infrações e golpes relacionados ao CPF.
De acordo com o advogado, em uma compra comum, você não está obrigado a fornecer o CPF. Pode acontecer de um funcionário perguntar pelo documento, devido à necessidade de emissão da nota fiscal.
No entanto, caso o atendente insista em obter o CPF sem uma justificativa legítima, o consumidor não tem obrigação de fornecer a numeração do documento.
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Chave Pix: veja dicas para evitar golpes
Outra recomendação do especialista é ser cauteloso ao escolher a chave PIX, evitando usar o CPF e o número de telefone, que são opções arriscadas.
O e-mail e a geração de uma chave aleatória são alternativas mais seguras, a última sendo a mais segura, embora também a mais trabalhosa, como explica o advogado Brenno Cavalcanti.
Empresas também devem adotar estratégias de segurança
É importante notar que a preocupação com a segurança de dados não se aplica apenas a pessoas físicas. Empresas também devem implementar programas de integridade para garantir que os dados de seus clientes não sejam expostos.
Os clientes têm o direito de solicitar esclarecimentos sobre o tratamento de seus CPFs e outras informações, e a empresa é obrigada a fornecer essas informações.
Se uma empresa for vítima de extorsão, ou houver vazamento de dados do cliente, a parte afetada tem o direito de buscar reparação nos tribunais e até mesmo buscar uma indenização.
Além disso, as empresas podem enfrentar graves consequências administrativas, incluindo multas substanciais que podem chegar a até R$ 50 milhões, e podem ser proibidas de coletar dados pessoais no futuro.
O impacto de não proteger adequadamente os dados dos clientes é significativo, como alertou Brenno Cavalcanti.
Investir em estratégias que protejam as informações pessoais e bancárias dos consumidores é uma opção mais inteligente do que aguardar acontecer um problema mais sério para resguardar estes dados.
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