Não é de hoje que a Ciência tenta desvendar mistérios geológicos pelo mundo. O novo caso, que está intrigando os cientistas, é conhecido como Olho do Saara. Mas do que se trata exatamente esta formação?
Existe alguma pista se o fenômeno foi criado pelo Homem ou se trataria da própria Natureza produzindo suas belezas? A seguir, continue lendo para saber tudo sobre o Olho do Saara.
Olho do Saara: entenda do que se trata
No coração do Deserto do Saara, nas proximidades de Ouadane, na Mauritânia, uma formação geológica singular desperta a curiosidade da comunidade científica.
Este é o Olho do Saara, também conhecido como Estrutura Circular de Richat, com seus impressionantes 40 quilômetros de diâmetro. Esta formação geológica peculiar é tão colossal que pode ser apreciada do espaço. Mas como ela foi descoberta? E o que pode ter provocado uma formação tão gigantesca em um local inóspito?
A sua primeira descrição data de 1930, durante uma missão militar francesa, na região central dos planaltos mauritanos de Adrar. No entanto, somente em 1965, durante a missão Gemini IV da NASA, a formação foi observada em toda a sua plenitude.
O Olho do Saara destaca-se na paisagem em função de sua formação única: uma depressão rodeada por anéis concêntricos de cristas.
Em 2022, a União Internacional de Ciências Geológicas reconheceu esta maravilha natural como um patrimônio geológico.
Olho do Saara: saiba a idade que a formação possui
A formação do Olho do Saara remonta a cerca de 1,5 bilhões de anos atrás, no final do período Proterozoico, quando a litosfera acumulou oxigênio e originou óxidos como silício e ferro. Os geólogos ficaram intrigados ao descobrir a presença de rochas sedimentares e magmáticas em sua composição.
Há muito tempo, acreditava-se que o Olho do Saara teria se formado a partir do impacto de um meteorito, porém, a ausência de rochas afetadas pelo choque descarta essa teoria.
Atualmente, a hipótese mais aceita é que essa estrutura surgiu em função da ação combinada entre o vento e a água sobre uma cúpula geológica elevada, também conhecida como anticlinal abobadado.
Estas rochas se originaram de atividades magmáticas intrusivas, e a erosão, ao longo de tantas Eras, moldou as cristas que podem ser observadas nos dias hoje.
Embora impressionante, o Olho do Saara é um local pouco visitado por turistas, já que sua verdadeira grandiosidade só se revela quando observada do alto.
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O que existe embaixo da areia do Deserto? E da praia?
Você já se perguntou o que existe embaixo da areia? A resposta é: depende. No caso das dunas, por exemplo, elas são móveis, e se deslocam de acordo com o vento.
Isto significa que, sob algumas delas, pode haver uma floresta inteira ou até grandes cavidades prontas para engolir qualquer objeto em movimento.
A areia tem origem na fragmentação das rochas do solo devido à ação de fatores como rios e outros elementos naturais. Nas zonas costeiras, o mar agitado também desempenha um papel, desgastando as rochas ao longo de milhares ou mesmo milhões de anos.
Se alguém decidir escavar na praia, é possível encontrar camadas de areia compactada que, sob pressão, se transformaram em arenito, uma variedade de rocha sedimentar.
Continuando a escavação, agora com o auxílio de equipamentos de perfuração avançados em vez de simples pás de brinquedo ou força braçal, eventualmente, se alcançará o leito rochoso subjacente.
Já a maioria dos desertos não é caracterizada por vastas extensões de areia, já que, geralmente, apresentam o leito rochoso à vista. Quando areia está presente, ela se origina da ação do clima e intempéries sobre esse leito rochoso exposto.
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