Pessoas que assistiram à série de ficção científica Black Mirror, da Netflix, mostra um futuro que muitas pessoas sentiram medo de presenciar. No entanto, novidades reais mostram que o conteúdo da ficção realmente não era tão absurdo quanto parecia. Prova disse é o novo núcleo de úteros artificiais anunciado recentemente.
O alemão e biotecnólogo Hashem al-Ghaili apresentou o projeto do que pode ser a primeira instalação de úteros artificiais do mundo. O local contaria com uma espécie de “cardápio” para que os pais pudessem escolher as características genéticas do bebê. Pelo menos é isso o que o serviço “premium” ofereceria para quem tiver condições de pagar.
Úteros artificiais e montagem genética de bebês podem virar realidade
O complexo tem o nome de EctoLife e conta até com um vídeo de apresentação no YouTube. De acordo com o responsável, o local teria capacidade para gerar até 30 mil bebês em apenas 1 ano. Foram mais de 50 anos de pesquisa para chegar no resultado apresentado atualmente.
O pesquisador al-Ghaili disse que os úteros artificiais podem permitir casais inférteis terem seus filhos como sempre sonhado. Além disso, o complexo também seria uma solução para as mulheres que sonham em ser mães, mas tiveram o útero removido por conta de alguma patologia, por exemplo.
Mais do que isso, a iniciativa também seria um caminho para que países com declínio populacional tivessem mais crianças. Isso poderia incluir Japão, Coreia do Sul, Bulgária e outros.
Ainda que pareça algo benéfico e cheio de vantagens, a verdade é que o tema desperta uma série de controvérsias e polêmicas. Aliás, segundo o pesquisador, uma dos fatores que barram o EctoLife de acontecer é justamente a questão ética.
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Úteros artificiais são motivos de discussões entre acadêmicos e sociedade
De acordo com al-Ghaili, a tecnologia está montada e pronta para ser posta em prática. O que dificulta a viabilização imediata é uma série de questões éticas que impedem o conceito de ser uma realidade no mundo moderno.
“O EctoLife, a primeira instalação de útero artificial do mundo, é totalmente alimentado por energia renovável. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 300.000 mulheres morrem de complicações na gravidez. O útero artificial EctoLife foi projetado para aliviar o sofrimento humano e reduzir as chances de cesáreas. Com EctoLife, partos prematuros e cesáreas serão coisas do passado”, afirmou o especialista em matéria divulgado pelo site “Metro”.
Catálogo genético de bebês
Um dos serviços oferecidos recebeu o nome de “Pacote Elite” e funcionaria como uma espécie de cardápio genético para os bebês. Ou seja, os pais podem escolher as características que desejam nas crianças, como cor dos olhos, altura, força, inteligência e até a eliminação de algumas doenças genéticas, por exemplo.
Os úteros artificiais funcionam por meio da fertilização in vitro, com o material genético dos pais. No pacote elite, os pais poderiam mudar algumas características genéticas.
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