E o calor vai continuar… O ano de 2023 ainda não terminou e ele já deve ganhar uma premiação nada animadora: este deve ser o ano mais quente de toda a história.
A sensação de que, a cada ano, os dias estão mais quentes, é real e não parece haver nenhuma medida efetiva, atualmente, para conter esta alarmante constatação.
A preocupante afirmação é da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA. O Serviço Europeu de Mudanças Climáticas também prevê temperatura recorde para este ano.
A seguir, continue lendo e entenda o motivo da preocupação com as alterações mais recentes do clima e o ranking do calor.
Calor recorde: 2023 caminha para ser o mais quente já registrado
Após um mês de setembro marcado por temperaturas no topo do ranking, 2023 está prestes a entrar para a história como o ano mais quente já registrado. A previsão de calor recorde foi anunciada nesta sexta-feira (13) por uma agência norte-americana.
A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês) declarou que a probabilidade de 2023 ser considerado o ano mais quente já registrado é maior que 99%.
Esta previsão alarmante surge pouco antes da realização da COP28, em Dubai, evento em que líderes mundiais irão se reunir para discutir o futuro dos combustíveis fósseis, os principais culpados pelo aquecimento global.
Ranking do clima é preocupante, dizem autoridades
Setembro, de acordo com a NOAA, registrou as temperaturas mais elevadas em 174 anos de registros globais. O Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia confirmou este recorde assustador no início de outubro deste ano.
Em reportagem para a Folha de S Paulo, a cientista-chefe da NOAA, Sarah Kapnick, destacou que setembro de 2023 foi o quarto mês consecutivo com temperaturas recordes.
Ela acrescentou que não se trata apenas do mês de setembro mais quente já registrado, mas que também foi anormalmente quente em comparação com a média de julho de 2001 a 2010.
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Temperatura global não para de aumentar, anualmente
Em setembro de 2023, a temperatura global em setembro superou em 1,44°C a média do século XX, de acordo com a agência norte-americana. E, atualmente, não existem medidas efetivas para frear este avanço do calor.
O Copernicus também estimou que 2023 provavelmente baterá o recorde como o ano mais quente da história, com setembro registrando quase 1,75°C acima da média para o mês no período pré-industrial, de 1850 a 1900.
Alterações no clima já aconteceram, dizem especialistas
O diretor do Copernicus, Carlo Buontempo, expressou sua surpresa com os números recordes de setembro e enfatizou que as mudanças climáticas já estão presentes. Ele afirma que as alterações no clima não são eventos que irão acontecer daqui a 10 anos, ou mais.
O problema já está acontecendo e precisaria de iniciativas realmente resolutivas para promover mudanças que pudessem frear o que já vem acontecendo.
De acordo com o Acordo de Paris, o limite ideal para o aquecimento global seria de 1,5°C acima dos níveis pré-Revolução Industrial, um marco crucial para evitar as consequências devastadoras da mudança climática, como o desaparecimento de nações insulares.
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