Auxílio Brasil: confira se seus dados vazaram para receber indenização de 15 MIL

Em decisão judicial proferida em primeira instância, no mês passado, milhares de brasileiros que faziam parte do programa Auxílio Brasil, em 2022, e que tiveram seus dados vazados devem receber indenizações de até R$ 15 mil. Continue lendo, logo abaixo, para saber como realizar a consulta e descobrir se você também tem direito ao valor.

Em decisão judicial proferida em primeira instância, no mês passado, milhares de brasileiros que faziam parte do programa Auxílio Brasil, em 2022, e que tiveram seus dados vazados devem receber indenizações de até R$ 15 mil. Continue lendo, logo abaixo, para saber como realizar a consulta e descobrir se você também tem direito ao valor.
Auxílio Brasil: saiba como realizar a consulta para descobrir se seus dados também foram divulgados. — Foto: Jeane de Oliveira / noticiadamanha.com.br

Corra para consultar

Por conta de uma decisão judicial recente, a Caixa Econômica Federal e a União foram instruídas a pagar uma indenização de R$ 15 mil a cada pessoa cujos dados tenham sido utilizados indevidamente em 2022.

O caso, que envolveu informações de cerca de 4 milhões de brasileiros, remonta ao período do antigo Auxílio Brasil, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Este programa de assistência social foi posteriormente renomeado para Bolsa Família após a eleição de Lula (PT) em 2023.

Relembrando o caso

Entre as informações vazadas, constavam o endereço completo, o número de celular e a data de nascimento dos beneficiários.

A Caixa Econômica Federal, responsável pela administração do programa, contestou as alegações e afirmou que não identificou qualquer vazamento de dados em sua guarda, ressaltando a adequação de sua infraestrutura para a manutenção da integridade dos registros.

Continue a leitura, logo abaixo, e saiba como consultar se você poderá receber a indenização.

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Como realizar a consulta?

Para verificar se seus dados foram comprometidos, os beneficiários podem acessar a página do Instituto Sigilo, www.sigilo.org.br, e clicar na opção “Conferir se eu tenho direito!”.

É necessário preencher um formulário com nome completo, e-mail, CPF e telefone do beneficiário, além de aceitar a política de privacidade e os termos de uso. A associação à ONG é opcional durante o processo de consulta.

O presidente do Instituto Sigilo, Victor Hugo Pereira Gonçalves, garantiu que a base de dados está protegida e que a verificação de segurança protege as informações, fazendo com que as mesmas fiquem visíveis somente dentro do sistema da organização.

Após o preenchimento, o beneficiário receberá uma mensagem na tela indicando se é elegível ou não.

”Responsáveis’ devem recorrer de decisão

Além da Caixa e da União, a ação movida pelo Instituto Sigilo também envolve a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev).

O juiz Marco Aurelio De Mello Castrianni, da 1ª Vara Cível Federal de São Paulo, afirmou que essas instituições deveriam ter zelado pela proteção dos beneficiários, o que não ocorreu. Ele ressaltou a confiança que as pessoas depositaram nesses órgãos para garantir a segurança de seus dados.

Segundo o processo, um correspondente bancário teria divulgado informações pessoais, incluindo endereços completos, números de celular, datas de nascimento e valores recebidos a título de auxílio, bem como o Número de Identificação Social (NIS) e o Cadastro Único de Saúde (CadSUS).

A ação movida pelo Instituto Sigilo alegou que os dados vazados abrangem aproximadamente 20% dos beneficiários do Auxílio Brasil.

A motivação por trás do vazamento, conforme a ONG, seria a comercialização dessas informações para a venda de produtos financeiros, com destaque para o crédito consignado. Essas alegações se basearam em dados e em uma reportagem publicada pelo site “The Brazilian Report”.

Dataprev nega vazamento

A Dataprev, por sua vez, afirmou que adotou medidas judiciais apropriadas e negou o vazamento de dados mencionado na ação, alegando que não havia registro de tal incidente em seus sistemas.

A ANPD informou ter entrado com Embargos de Declaração no processo, submetendo suas considerações para análise do juiz, demonstrando sua participação ativa no desenrolar do caso.

Embora a decisão em 1ª instância já tenha sido tomada, o processo continua em andamento e está sujeito a recursos. O Instituto Sigilo aconselha os beneficiários a acompanhar seus e-mails e o site da organização para se manterem atualizados sobre o andamento da ação.

Em última análise, cada beneficiário afetado deverá prosseguir com o apoio de seu próprio advogado à medida que o processo se desenrola nos tribunais.

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*Com informações do g1.