ESTES trabalhadores receberão BÔNUS de R$ 1.000 em aplicativo

A Uber lançou a iniciativa “Missão Diamante” como parte do seu programa Uber Pro, oferecendo um prêmio de R$ 1.000 aos motoristas que alcançarem a categoria “diamante”. Para se qualificar, os motoristas devem acumular pelo menos 1.500 pontos a partir de corridas realizadas entre julho e setembro, ganhando pontos após cada viagem.

Também é necessário manter uma taxa de aceitação de corridas de pelo menos 60%, um índice de cancelamento de até 10% e uma média de avaliação dos usuários acima de 4,85 estrelas. A seguir, continue lendo para saber mais detalhes.

Trabalhadores recebem bônus de R$1 mil. Entenda
Trabalhadores recebem bônus de R$1 mil. Entenda. / Foto: Jeane de Oliveira / noticiadamanha.com.br

Trabalhadores recebem bônus de R$1 mil

Esta campanha é exclusiva para motoristas já cadastrados no Uber Pro, um programa de benefícios que oferece vantagens como descontos em cursos de graduação, mensalidades em academias e até combustível em troca de pontos acumulados em viagens. O nível “diamante” é o mais alto dentro deste programa.

Inicialmente, a “Missão Diamante” foi lançada em julho, em várias capitais, com o objetivo declarado de aumentar a aceitação de corridas e reduzir o número de recusas por parte dos motoristas. Os pagamentos do prêmio são feitos na semana seguinte ao final de cada trimestre, e cada motorista pode receber o prêmio uma única vez durante o período da campanha, que se estende até 30 de junho de 2024.

Vale ressaltar que o valor do prêmio pode variar de acordo com a cidade, e os motoristas selecionados são informados por e-mail e podem verificar o montante no aplicativo da Uber.

Amasp critica iniciativa da Uber

Por outro lado, a Amasp (Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo) critica o programa, alegando que o esforço e os custos exigidos para ganhar os R$ 1.000 não são vantajosos para os motoristas.

Segundo o presidente da entidade, Eduardo Lima de Souza, esta promoção da Uber explora a vulnerabilidade dos motoristas, em função das tarifas baixas praticadas pela empresa, levando os trabalhadores a aceitar todas as corridas para melhorar a imagem da plataforma perante os passageiros.

Alguns motoristas afirmam que, especialmente em cidades maiores, onde o trânsito se encontra, frequentemente, congestionado, aceitar todas as corridas não é financeiramente vantajoso, já que o valor perdido ao fazer o trajeto supera o prêmio oferecido pela promoção.

Será que a Uber vai falir? Formalização dos motoristas gera debate

Em função da sentença, proferida pelo juiz Maurício Pereira Simões, da 4ª Vara do Trabalho de São Paulo, a Uber se encontra diante de um desafio financeiro significativo para manter seus mais de 1 milhão de motoristas como funcionários, no Brasil. A decisão do juiz exige o reconhecimento do vínculo empregatício, mas também impõe uma multa de R$ 1 bilhão à empresa, caso ela não formalize e regularize a situação dos motoristas.

Se a Uber acatar a decisão judicial, terá que desembolsar mais de R$ 2,7 bilhões, mensalmente, para manter seus trabalhadores sob o regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Com esta despesa, a empresa se tornaria a maior empregadora do Brasil, ultrapassando a JBS, que atualmente emprega cerca de 150 mil trabalhadores.

A revista IstoÉ Dinheiro calculou este custo com base em uma média mensal de renda de R$ 5 mil, por motorista. Com esta estimativa, os encargos trabalhistas superariam, ligeiramente, os R$ 2,7 mil por pessoa. Além disso, todos os motoristas passariam a ter direitos estabelecidos pela CLT, como FGTS, INSS, 13º salário e férias remuneradas.

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Uber pretende recorrer até esgotar recursos

A Uber anunciou que recorrerá da decisão até que todos os recursos possíveis sejam esgotados. A empresa alega que existe uma clara insegurança jurídica, já que, até o momento, apenas no caso da Uber a decisão foi contrária ao que aconteceu em todos os julgamentos envolvendo ações semelhantes, movidas pelo Ministério Público do Trabalho contra plataformas semelhantes, como iFood, 99, Loggi e Lalamove.

A Uber argumenta que a decisão representa uma divergência em relação à jurisprudência estabelecida pela segunda instância do próprio Tribunal Regional de São Paulo, em julgamentos realizados desde 2017. A empresa afirma que a sentença não levou devidamente em consideração o conjunto substancial de evidências apresentadas no processo e parece ter se baseado em doutrinas já superadas, inclusive pelo Supremo Tribunal Federal.

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