Os crimes no mundo virtual seguem aumentando na mesma velocidade que a tecnologia avassaladora da era digital. Na nova tática de golpe por Pix, golpistas prometem ganhos financeiros rápidos e fáceis através da modalidade de transferência digital, mas, na realidade, estão executando um esquema de pirâmide financeira. Continue lendo para entender mais detalhes sobre o crime e como evitá-lo.
Novo golpe na praça
Criminosos têm adotado uma abordagem inteligente para atrair vítimas, prometendo ganhos financeiros rápidos e fáceis através do Pix, mas, na realidade, estão executando um esquema de pirâmide financeira.
Esta prática fraudulenta está se disseminando por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens, e é importante estar atento para não cair nesse tipo de golpe. Continue a leitura, a seguir, e saiba como funciona e como evitá-las.
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Entenda as táticas criminosas
Os fraudadores entram em contato com suas vítimas através de canais como WhatsApp, Facebook e Telegram, oferecendo a perspectiva de ganhar dinheiro com pouco esforço.
Um alerta importante vem da empresa de proteção financeira digital Silverguard, que tem recebido denúncias através do canal SOS Golpe.
“Missões” enganosas
Eles apresentam uma série de “missões” supostamente simples, frequentemente relacionadas ao marketing digital, como seguir perfis nas redes sociais, dar curtidas em postagens ou deixar avaliações positivas para estabelecimentos no Google.
Chave Pix como armadilha
Quando a vítima concorda em participar, os golpistas solicitam a chave Pix, alegando que é para efetuar o pagamento pelas tarefas realizadas. Além disso, convidam a vítima a se juntar a grupos no Telegram, onde milhares de pessoas estão envolvidas, criando uma falsa sensação de comunidade que reforça a credibilidade do golpe.
Para conquistar a confiança das vítimas, os fraudadores efetuam pagamentos iniciais em valores reduzidos, geralmente entre R$ 4 e R$ 20.
No entanto, para obter lucros maiores, as vítimas são pressionadas a “evoluir nas missões” e a realizar investimentos cada vez mais substanciais. De acordo com informações da Silverguard, a promessa de retorno é excessivamente otimista, variando de 30% a 100%.
O ciclo vicioso da fraude
Márcia Netto, CEO da Silverguard, explica ao Extra que as vítimas acabam presas em um ciclo vicioso, onde precisam continuar investindo para tentar recuperar o dinheiro anterior.
Os golpistas também oferecem “dicas” sobre como obter fundos para os investimentos, como pedir empréstimos a amigos e familiares, sempre alegando que se trata de um investimento seguro, proveniente de uma empresa respeitável, e até mesmo mostrando capturas de tela de outros “clientes” fictícios como prova de confiabilidade.
O que fazer se você cair em um golpe?
- Contate imediatamente sua instituição financeira: Assim que você descobrir que caiu no golpe, entre em contato com a instituição financeira de onde o Pix foi enviado e solicite o bloqueio do dinheiro na conta de destino usando o Mecanismo Especial de Devolução (MED), que permite a suspensão de fundos em casos de suspeita de fraude. Certifique-se de relatar que foi vítima de um golpe e forneça data, horário e número do protocolo.
- Documente o golpe: Capture imagens das conversas em seu dispositivo (print screen), evitando bloquear ou denunciar o contato do golpista no WhatsApp imediatamente para que você possa preservar as conversas.
- Descreva a sequência dos eventos: Elabore um relato cronológico com o máximo de detalhes possíveis sobre os eventos que levaram ao golpe.
- Registre um boletim de ocorrência: Faça um boletim de ocorrência na Polícia Civil, incluindo toda a documentação anterior, bem como o protocolo do MED.
- Comunique a instituição de destino: Se o banco demorar a acionar o MED, com o boletim de ocorrência em mãos, você pode reportar o golpe à instituição de destino, solicitando o bloqueio imediato da conta que recebeu o Pix. Se essa conta pertencer a uma instituição com a qual você não tenha relacionamento, entre em contato com a Ouvidoria desse banco.
- Denuncie o golpista no WhatsApp: Utilize o formulário do próprio WhatsApp para denunciar o número de telefone do golpista e explique o que aconteceu.
Conheça os golpes mais comuns via Pix
- Golpe do falso parente: Nesse golpe, o fraudador se passa por um familiar ou amigo, solicitando dinheiro ou pedindo para pagar contas em nome deles.
- Golpe do produto ou loja falsa: Envolve a compra de produtos ou serviços em uma loja virtual falsa que nunca entrega os produtos.
- Golpe da falsa central/gerente do banco: O golpista se faz passar por um funcionário de uma central de atendimento ou gerente bancário, solicitando a reversão de um Pix fictício.
- Golpe da rede social hackeada: Consiste na compra de produtos de um conhecido cuja rede social foi hackeada ou clonada.
- Golpe do falso investimento: Oferece oportunidades fictícias de multiplicar ou investir dinheiro.
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*Com informações do Extra.