Enquanto continuamos usando o WhatsApp para produtividade e agilidade, é fundamental que também busquemos uma certa garantia de proteção das informações e das pessoas através de interações seguras, monitoradas e legalmente válidas. E, quando se trata do uso da plataforma da Meta em ambiente corporativo, por exemplo, os cuidados devem ser ainda maiores. Saiba mais detalhes sobre o assunto, a seguir.
Empresas expostas
Com mais de 2 bilhões de usuários em todo o mundo, o aplicativo de mensagens WhatsApp conquistou seu lugar como uma parte integrante da nossa cultura e rotina diária. Isso é especialmente verdade no Brasil, onde, segundo a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box revelou, 99% dos smartphones têm o aplicativo instalado e 98% desses usuários o acessam quase todos os dias em 2023.
Continue a leitura, logo abaixo, para saber mais detalhes sobre o estudo e relevância da plataforma no cotidiano e na vida corporativa.
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WhatsApp: uma ferramenta essencial e seus desafios de segurança
Segundo a pesquisa, o uso predominante do WhatsApp é para a troca de mensagens de texto (94%), seguido por imagens (87%), áudio (83%) e vídeos (80%). Quando se trata de interações entre consumidores e empresas, o aplicativo continua a ser o preferido para esclarecimento de dúvidas e solicitação de informações (82%), suporte técnico (69%) e compras de produtos e serviços (62%).
Riscos de segurança durante o uso do WhatsApp
Com todas as facilidades que o WhatsApp oferece, existem riscos implícitos associados ao seu uso. Esses riscos são frequentemente ignorados devido à informalidade associada ao aplicativo. No entanto, é essencial que aumentemos nosso nível de monitoramento das informações que compartilhamos no WhatsApp, pois muitas vezes envolve a troca de dados pessoais.
WhatsApp Business e segurança corporativa
No ambiente corporativo, o WhatsApp Business tornou-se um dos três aplicativos empresariais mais baixados do mundo, com mais de 143 milhões de downloads. Para as empresas, o desafio é equilibrar o uso do aplicativo de maneira corporativa, garantindo a segurança necessária. Isso é especialmente relevante considerando que mais da metade das organizações já sofreram pelo menos uma violação de dados causada por software ou aplicativos de terceiros.
Consequências de vazamentos de informações
Vazamentos de informações podem levar a riscos financeiros, danos à imagem e reputação, muitas vezes irreversíveis e imensuráveis. Reguladores estão cada vez mais atentos a esses riscos, com órgãos como a SEC e a CFTC nos EUA emitindo advertências e multas para empresas que não cumprem as leis federais locais de manutenção de registros.
Imagine um funcionário compartilhando uma lista de clientes com dados sensíveis, como CPFs, por WhatsApp. Estamos falando de riscos além da imagem – violações de leis de privacidade, especialmente em tempos de Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
A incapacidade de preservar a comunicação pode levar a problemas regulatórios para as empresas. Além disso, o Departamento de Justiça dos EUA está monitorando de perto as suspeitas de irregularidades corporativas, inclusive aquelas relacionadas ao uso de aplicativos de bate-papo criptografados como o WhatsApp.
Adaptação das políticas corporativas
É essencial que as políticas corporativas de uso de dispositivos móveis e aplicações de mensagens sejam adaptadas ao perfil de risco da empresa e às necessidades de negócios, garantindo a acessibilidade e preservação dos dados e comunicações eletrônicas relacionadas à empresa.
A tecnologia atual permite que as empresas monitorem e definam suas políticas com o suporte de softwares e ferramentas, incluindo alertas em tempo real de dados compartilhados em canais não oficiais e a definição de conformidade e riscos em situações variadas.
Importância da governança
As empresas não podem ignorar a relevância do WhatsApp e a necessidade de continuar se comunicando e fazendo negócios através do aplicativo. No entanto, é crucial ter uma governança que inclua políticas claras de compliance e segurança para centralizar os dados e permitir o monitoramento de ameaças.
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*Com informações do Estado de Minas.