A fase 2 do programa Desenrola Brasil, programa implementado pelo governo Lula para facilitar a renegociação de dívidas dos brasileiros que buscam limpar seus nomes das instituições de proteção ao crédito, está programada para iniciar na última semana de setembro e promete impactar positivamente na economia brasileira. Continue a leitura, a seguir, e entenda quem poderá participar da segunda fase do programa.
Nova fase começa
A segunda fase do programa Desenrola Brasil, um programa do governo federal destinado à renegociação de dívidas, está programada para iniciar na última semana deste mês e tem o potencial de impulsionar o consumo no país durante o último trimestre do ano.
Economistas acreditam que essas renegociações podem aliviar a situação financeira das famílias e tornar mais acessível a compra de bens duráveis, como é o caso de eletrodomésticos (como geladeiras e máquinas de lavar), que são sensíveis ao crédito. Continue a leitura, a seguir, e entenda, em detalhes, como será a nova fase do Desenrola.
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900 empresas entram na segunda fase do Desenrola
De acordo com o Ministério da Fazenda, a segunda fase do programa atraiu o interesse de mais de 900 empresas credoras, que representam 86% das dívidas de até R$ 5 mil. Nessa segunda etapa, será possível que consumidores com renda de até dois salários mínimos ou aqueles inscritos no Cadastro Único renegociem suas contas básicas, como luz e água, além de dívidas com varejistas. O programa terá vigência até dezembro.
Entenda as duas faixas do programa
Haverá duas faixas de negociação no programa:
Faixa 1: Destinada a devedores pessoas físicas com renda bruta mensal de até 2 salários mínimos ou que estejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
Faixa 2: Destinada a pessoas físicas com dívidas financeiras negativadas até 31 de dezembro de 2022 e renda de até R$ 20.000,00. Os bancos oferecerão a oportunidade de renegociação de dívidas diretamente aos seus clientes pessoas físicas por meio de seus canais próprios.
Fase 1 mostra queda de devedores
A primeira fase do programa de renegociação já apresentou melhorias nos indicadores de inadimplência. Em apenas sete semanas, os bancos conseguiram renegociar R$ 11,8 bilhões em dívidas e removeram a negativação de 6 milhões de registros de clientes com pendências de até R$ 100. Em julho, o número de inadimplentes registrou sua segunda queda consecutiva, algo que não ocorria desde junho de 2021.
Cerca de 34 mil pessoas saíram das estatísticas de inadimplência no mês, reduzindo o total de consumidores com contas em atraso para 71,41 milhões, embora ainda permaneça em um patamar consideravelmente alto para os padrões brasileiros. Além disso, a proporção das dívidas dos brasileiros com bancos e cartões de crédito em relação ao total caiu de 31,1% em junho para 29,5% em julho, marcando a maior redução nesse segmento desde janeiro de 2019.
Segunda fase visa melhorar economia do país
A segunda fase do Programa Desenrola Brasil é vista como uma das estratégias do governo para estimular a economia no final do ano, uma vez que outras medidas de estímulo, como a redução de impostos sobre combustíveis e os descontos para a compra de automóveis, estão sendo gradualmente retiradas.
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