Se você possui boa memória, é provável que se lembre do processo movido pelo governo norte-americano contra a gigante Meta, dona de Facebook, Instagram e WhatsApp. No entanto, desta vez, o alvo do governo dos EUA é a toda poderosa Google. Entenda, a seguir, os motivos pela ação judicial e o que poderá ocorrer em breve.
Guerra de gigantes
Lembra do processo movido pelo governo dos Estados Unidos contra a Meta, que é a empresa por trás do Facebook, Instagram e WhatsApp? Parece que estamos diante de uma situação semelhante, agora envolvendo a justiça estadunidense e a gigante Google.
Segundo informações da BBC, o governo dos EUA está buscando esclarecimentos sobre o suposto monopólio da Google no país. Este processo promete ser longo, com duração prevista de cerca de 10 semanas, e envolverá depoimentos de influentes figuras do setor. Continue a leitura, logo abaixo, e entenda o que está para acontecer.
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Entendendo o caso
A Justiça dos Estados Unidos acusa a Google de abusar de sua posição dominante e quase total no mercado de busca na internet, em outras palavras acusa a gigante de monopólio. A empresa detém 90% desse mercado nos EUA.
Por trás dessa posição privilegiada, é especulado que a Google tenha chegado no topo de forma deliberada, recorrendo a acordos de distribuição anticompetitivos e excludentes. Isso inclui a padronização de opções de busca em navegadores, dispositivos móveis, computadores e outros aparelhos.
Acusações sérias de manipulação
Em linguagem mais resumida, a justiça deixa claro que a Google teria agido de maneira injusta, prejudicando a concorrência. Segundo afirmou o procurador Kenneth Dintzer, do Departamento de Justiça, a Google paga mais de US$ 10 bilhões a fabricantes de celulares e empresas de telecomunicação para manter essa posição. Ele também alegou que a empresa manipula leilões de anúncios online. Os EUA buscam que a Google seja obrigada a interromper essas práticas consideradas abusivas e adote medidas para tornar o mercado mais competitivo.
O direito de resposta da Google
Em sua defesa inicial, o advogado-chefe da Google, John E. Schmidtlein, argumentou que a empresa não é a única influente na internet. Ele afirmou que diversos criadores de algoritmos estão competindo para se tornar a escolha padrão nos dispositivos, e a Google se destacou “por mérito próprio”.
Schmidtlein enfatizou que essa intensa competição melhorou o desempenho e a qualidade dos navegadores, levando a uma maior utilização dos motores de busca. Ele também destacou que as pessoas usam a Google porque a consideram “útil” e porque desejam fazê-lo. Quanto à padronização dos mecanismos de busca em smartphones e computadores, a Google argumentou que é fácil realizar a troca e escolher a ferramenta de busca preferida, exigindo apenas alguns cliques.
A única certeza em meio a esta verdadeira novela jurídica é que o caso deve se desenrolar em novos capítulos da luta da Justiça dos Estados Unidos contra as grandes empresas de tecnologia.
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*Com informações da BBC.