Já ouviu falar na Temu? A ascensão e queda de gigantes do e-commerce é um fenômeno que tem chamado cada vez mais a atenção de investidores e analistas. Enquanto muitos focam nos “novos queridinhos” da indústria, especialistas apontam que algumas empresas tradicionais podem estar sendo subestimadas, e que por trás dos holofotes há oportunidades valiosas de investimento. Mas o que aconteceu com a antiga queridinha do mercado americano, a Wish, e como uma empresa chinesa chamada Temu está roubando a cena?
Ascenção da Temu
O setor de e-commerce é efervescente e volátil, frequentemente sacudido por novas tendências que prometem revolucionar a forma como fazemos compras online. Nos últimos anos, vários modelos de negócios surgiram e desapareceram, desde o drop-shipping até o varejo de nicho, como exemplificado pela popularidade da plataforma Elo7. Atualmente, o foco do mercado está no Temu, uma empresa que pertence ao conglomerado chinês Pinduoduo, avaliado em mais de US$ 100 bilhões e listado na Nasdaq.
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As empresas chinesas têm uma estratégia notável de diversificar seus e-commerces. Utilizam a tecnologia e infraestrutura já desenvolvidas em suas plataformas de sucesso para lançar novos negócios em nichos variados. É o caso do Alibaba, que além de sua marca principal, opera outros e-commerces como o Tmall e o Taobao. O Temu segue um caminho similar, concentrando-se na oferta de produtos de baixo custo, como eletrônicos, utensílios domésticos e roupas, enviados da China no menor tempo possível.
É interessante notar que o Temu assumiu um espaço antes ocupado pela Wish, uma empresa que viu suas ações despencarem 99% desde o seu IPO em 2021. O modelo de negócios da Wish, que permitia aos lojistas e aos clientes escolherem o tipo de frete, mostrou-se vulnerável durante a pandemia. Os gargalos logísticos aumentaram os prazos de entrega, levando a uma debandada de clientes e abrindo espaço para o Temu.
Mas será que o sucesso do Temu é uma ameaça para o comércio tradicional americano, como aconteceu com a Shein no setor de moda? Investidores parecem pensar que sim, e uma empresa em particular tem sido apontada como a “grande perdedora” nesse cenário: uma rede varejista com mais de 20 mil lojas nos EUA, lucrativa há mais de 80 anos e que enfrenta pouca ou nenhuma concorrência em mais da metade de suas lojas.
Os antigos não vão desaparecer
No entanto, é crucial não subestimar o poder de resiliência dessas empresas mais antigas. Enquanto as novidades do e-commerce podem surgir e desaparecer rapidamente, negócios tradicionais que resistiram a várias ondas de inovação possuem algo que novas empresas ainda não conseguiram: uma marca sólida e um histórico de rentabilidade e resiliência. Isso pode fazer dessas empresas apostas seguras para investidores que olham além do “hype” do momento.
Portanto, enquanto a indústria e os investidores estão fascinados com o rápido sucesso do Temu, é prudente olhar para empresas que têm resistido ao teste do tempo. A história nos mostra que, em um setor tão dinâmico quanto o de e-commerce, o sucesso de hoje pode não garantir o de amanhã, e empresas consolidadas podem oferecer oportunidades de investimento menos arriscadas e igualmente rentáveis.
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