Nova greve dos caminhoneiros em curso? Ficou R$ 300 mais caro abastecer com diesel

Estudo recentemente divulgado pelo Índice de Preços Ticket Log (IPTL), avalia a situação econômica dos caminhoneiros que, com a disparada no preço do óleo diesel, estão enfrentando custos estratosféricos para encher seus tanques de combustível. Saiba mais detalhes, logo abaixo, sobre os impactos causados no bolso dos caminhoneiros com os crescentes reajustes do diesel.

Estudo recentemente divulgado pelo Índice de Preços Ticket Log (IPTL), avalia a situação econômica dos motoristas de caminhão que, com a disparada no preço do óleo diesel, estão enfrentando custos estratosféricos para encher seus tanques de combustível. Saiba mais detalhes, logo abaixo, sobre os impactos causados no bolso dos caminhoneiros com os crescentes reajustes do diesel.
Nova greve dos caminhoneiros em curso? Ficou R$ 300 mais caro abastecer com diesel. | Imagem: Jeane de Oliveira / noticiadamanha.com.br

Tanque cheio, bolso vazio

Um estudo recente lança luz sobre o impacto expressivo dos constantes aumentos nos preços do diesel, afetando diretamente os caminhoneiros e seus orçamentos apertados. Conduzido pelo Índice de Preços Ticket Log (IPTL), essa análise buscou avaliar a situação econômica dos motoristas de caminhão, que estão enfrentando custos exorbitantes para encher seus tanques de combustível.

Continue a leitura, a seguir, e entenda melhor os constantes reajustes de preço no óleo diesel que abastece os caminhões no país.

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Diesel sofreu quase 20% de aumento em agosto

No início de agosto, o preço médio do litro do diesel comum estava estabilizado em R$ 5,11, uma quantia já considerável para os caminhoneiros. Contudo, em apenas uma semana, essa cifra subiu para R$ 5,28, e em 17 de agosto alcançou uma marca alarmante de R$ 5,76 por litro, representando um aumento de +18,40% em um curto intervalo de tempo de duas semanas. O diesel S-10, que segue a mesma tendência, aumentou em +19,05% no mesmo período, passando de R$ 5,25 para R$ 5,94 por litro.

O prejuízo em se encher o tanque de um caminhão

Para compreender o impacto desses aumentos no bolso dos caminhoneiros, o estudo analisou o custo de abastecer um tanque de um caminhão com capacidade para 540 litros de diesel comum. Em 10 de agosto, esse custo era de aproximadamente R$ 2.749, uma despesa já considerável. Contudo, no dia 17 de agosto, o mesmo tanque passou para cerca de R$ 3.110, significando um acréscimo de R$ 361. Os caminhões que utilizam diesel S-10 também enfrentaram um cenário desafiador, com o custo de encher um tanque semelhante subindo de uma média de R$ 2.835 para R$ 3.207, uma diferença de R$ 372 em apenas algumas semanas.

Aumento do diesel atingiu todo o país

É importante destacar que os aumentos nos preços do diesel não se restringiram a uma região específica do Brasil. Todas as regiões do país registraram aumentos significativos nos preços de ambos os tipos de diesel no mesmo período. No entanto, o Centro-Oeste se destacou negativamente, com uma variação de 24,60% no preço do diesel comum e 21,19% no preço do diesel S-10.

O impacto desses aumentos nos preços do diesel é sentido de forma generalizada, colocando uma pressão adicional sobre os caminhoneiros, que já enfrentam desafios significativos em suas operações diárias.

Mercado reage diante de reajustes do diesel

O mercado já havia reagido ao aumento nos preços do diesel e da gasolina anunciado pela Petrobras na segunda metade de agosto. Analistas de instituições financeiras e gestoras previam que esse aumento teria um impacto no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o indicador oficial de inflação no país.

Medida para evitar desabastecimento

Ao mesmo tempo, esses analistas estavam tranquilos com a medida, pois ela era vista como uma forma de evitar qualquer risco de desabastecimento de diesel a curto prazo. Embora as estimativas variem, o economista Luis Menon, da Garde Asset, acredita que o impacto no IPCA pode chegar a 0,38 ponto percentual, dividido em 0,10 ponto em agosto e 0,28 ponto em setembro.

Como resultado, a gestora revisou suas projeções preliminares para agosto, aumentando de 0,10% para 0,20%, e para setembro, de 0,19% para 0,47%. No ano, a expectativa da gestora para o IPCA subiu de 4,6% para 4,8%.

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