Aconteceu algo que todos estavam esperando, caiu o preço da carne, e com a maior queda desde o ano de 2018 os cortes da carne vermelha voltou para a compra dos brasileiros nos supermercados neste ano de 2023. Conforme as informações da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) a disponibilidade de carne bovina por pessoa vai chegar a 30,4 quilos por habitante neste ano, após cinco anos de queda.
No primeiro semestre desse ano, ou seja, de janeiro ao mês de julho, o preço da carne já tinha registrado uma queda de 9,36%, e foi considerada a maior retração dos últimos 5 anos, conforme as informações do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe. O IPC ainda avalia o custo de vida as famílias paulistanas, sempre coincidindo com a inflação do país.
E em relação ao IPCA de julho, a redução no preço da carne foi de 8,54% em 12 meses e 9,70% no ano. Ou seja, os cortes que mais tiveram queda nos preços foram:
- alcatra (-11,50%)
- filé mignon (-10,17%)
- contrafilé (-10,17%)
- acém (8,49%)
- picanha (-7,88%)
O porquê teve a redução da carne bovina?
Conforme o aumento da produção e a leve queda nas exportações, tudo isso foi ponto para refletir no preço da carne bovina brasileira. Edegar Pretto, que é presidente da Conab, emitiu uma nota informando: “O aumento na quantidade de carnes produzidas no país é um dos fatores que sustentam a tendência de queda nos preços ao consumidor. Muito da deflação registrada vem da carne, que está mais barata para o consumidor”.
Ou seja, ao somar esses 3 tipos de proteína animal mais consumidos pelos brasileiros:
- Bovina
- Suína
- Frango
Cada habitante vai chegar aos 100,2 quilos de carne por ano. E assim vai se tornar o segundo maior índice já registrado, vai perder apenas para o índice de 2013. Gabriel Rabello, que é gerente de fibras e alimentos básicos da Conab explica: “As vendas externas têm crescido, ao mesmo tempo em que há uma redução na dependência do mercado chinês, o que demonstra que o Brasil tem conquistado novos mercados”.
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Porém, mesmo com a queda nos valores dos cortes bovinos, esses preços que ainda precisam ser enfrentados pelos consumidores ainda são altos. E conforme as informações do Instituto de Economia Agrícola, do estado de São Paulo, e o quilo do acém em julho custava cerca de R$ 31,02. Já o músculo estava saindo por R$ 30,89 e o coxão mole pelo valor de R$ 41,05 o filé mignon por R$ 74,25 e a picanha por R$ 68,48.
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