Tendo seu significado atribuído diretamente a paz, atualmente, um certo símbolo já teve um passado que passou longe da harmonia e amor. A seguir, entenda em detalhes o que está por trás desse ícone aparentemente simples, mas que possui uma história rica e envolvente, com revelações um tanto sombrias e complexas.
A paz que já teve um passado
O símbolo da paz é um emblema que muitas vezes associamos a ideias de tranquilidade, unidade e, claro, paz. No entanto, por trás desse ícone aparentemente simples se encontra uma história rica e envolvente que revela suas origens sombrias e complexas.
Compreender a história por trás desse símbolo nos permite apreciar plenamente seu significado e poder transformador. Se você gosta de uma intrigante história, aconselhamos a continuar a leitura para desvenda tudo o que originou o mundialmente conhecido símbolo da paz.
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A história por trás da criação
Em 1958, o mundo ainda estava se recuperando dos traumas da Segunda Guerra Mundial, enquanto a Guerra Fria lançava uma sombra ameaçadora sobre a humanidade, devido à ameaça iminente da aniquilação nuclear. Nesse cenário tenso e preocupante, surge Gerald Holtom, um artista britânico profundamente perturbado com a situação global.
Holtom não era apenas um observador passivo; ele era um objetor de consciência, o que significa que se recusava a participar de conflitos armados devido a convicções morais. Movido por um senso urgente de desespero diante da escalada das tensões globais, Holtom decidiu expressar sua preocupação por meio da arte. Foi assim que ele concebeu o que agora reconhecemos como o símbolo da paz.
Símbolo de resistência
O símbolo da paz não foi apenas um desenho apressado; foi um ato de resistência criativa. Holtom utilizou os símbolos “N” e “D”, que representam “Desarmamento Nuclear”, para criar o emblema que capturava o espírito angustiante da época. No entanto, há uma reviravolta fascinante: para Holtom, o símbolo também representava uma figura em desespero, inspirada por uma pintura do renomado artista Goya.
Ao contrário de muitos símbolos de paz que retratam punhos erguidos ou braços abertos em um gesto de vitória, a figura de Holtom estava dobrada, com os braços apontando para baixo, simbolizando desespero. No entanto, o mundo interpretou isso de maneira diferente. Quando o símbolo foi apresentado ao público, ele transcendeu suas origens sombrias e se tornou um símbolo universal da paz, adotado por movimentos de justiça social em todo o mundo, desde as campanhas pelos direitos civis nos Estados Unidos na década de 1960 até as lutas contra o apartheid na África do Sul.
A evolução do significado
É como se o símbolo, uma vez lançado no domínio público – uma decisão deliberada de Holtom – começasse a escrever sua própria história. É intrigante notar que Holtom considerou a ideia de virar o símbolo de cabeça para baixo, para representar uma figura com os braços erguidos em sinal de euforia. Essa mudança teria alterado as letras para “U” e “D”, que representam “Desarmamento Unilateral”. Embora essa mudança nunca tenha sido adotada, ela ilustra vividamente como os símbolos evoluem, muitas vezes indo além das intenções de seus criadores.
Reflexões além da simbologia
A lição a ser aprendida aqui é profunda. O símbolo da paz nos lembra que desespero e esperança frequentemente coexistem na mesma realidade. Ele demonstra que os símbolos não são estáticos; eles são dinâmicos, adquirindo continuamente novos significados à medida que viajam através do tempo e das culturas. A criação de Holtom, enraizada em um contexto histórico específico e sentimentos intensos, transformou-se em um farol atemporal que representa o desejo de um mundo menos dividido por conflitos e divisões.
Portanto, na próxima vez que você encontrar o símbolo da paz – seja em uma foto, em uma camiseta ou em qualquer outro lugar – lembre-se de sua história multifacetada. Ele serve como um testemunho comovente da resiliência humana, do poder dos símbolos e de nossa aspiração coletiva por um mundo mais harmonioso.
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