O motorista de app, Reverton de Almeida, de 36 anos, teve sua vida completamente abalada, após uma fake news de que o profissional era um crimonoso se espalha pelas redes sociais do país. A acusação de que Reverton seria um sequestrador viria a desencadear uma série de eventos perturbadores que ainda o afetam profundamente, mesmo depois de dias. Entenda, em detalhes, o caso, logo abaixo.
Fake news faz nova vítima
Depois de um dia comum de trabalho, Reverton de Almeida, um motorista de aplicativo de 36 anos, teve sua vida completamente abalada. Tudo começou na última terça-feira (22), após deixar um passageiro em seu destino.
Nesse momento, ele recebeu uma mensagem de um amigo alertando-o de que estava sendo acusado de ser um sequestrador. Essa acusação viria a desencadear uma série de eventos perturbadores que ainda o afetam profundamente, mesmo depois de dias.
Acredite ou não, a origem de toda essa turbulência foi uma mensagem de áudio compartilhada em grupos de WhatsApp. Saiba mais detalhes sobre o caso, logo abaixo.
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Entenda o caso
A mensagem incluía uma foto de Reverton e alegava que ele havia sequestrado um indivíduo, realizando transações suspeitas em suas contas bancárias. A voz no áudio acusatório declarava: “Esse pilantra sequestrou um parceiro nosso e levou para Santos. Fez vários Pix na conta do mano e do passageiro que estava junto. Fez um arrastão lá.”
De acordo com o remetente desconhecido da mensagem, um passageiro que utilizou o aplicativo suspeitou das intenções de Reverton e divulgou sua foto nas redes sociais, levando uma suposta vítima a identificá-lo como o sequestrador.
O remetente explicou que um conhecido seu estava prestes a pegar uma corrida com Reverton na região da Vila Maria, mas, ao chegar no local, o motorista informou que estava em uma rua diferente. Esse comportamento suspeito fez com que o passageiro desistisse da corrida e compartilhasse a foto de Reverton online, afirmando que ele era o culpado pelo sequestro. A mensagem de voz concluiu pedindo ajuda para capturar o “vagabundo”.
De falso sequestrador à vítima
Reverton, perplexo e preocupado, decidiu relatar o incidente à polícia, na esperança de limpar seu nome e dissipar as acusações infundadas. No entanto, a angústia persiste, pois ele continua temendo sair de casa para trabalhar ou caminhar pelo bairro onde mora há mais de duas décadas. O motorista de aplicativo compartilhou suas experiências: “Fiquei sabendo quando um amigo policial me enviou a foto e o áudio, dizendo que caiu em um grupo com outros agentes. Na hora, achei que fosse brincadeira. Até que caí em mim quando ele me orientou a fazer um Boletim de Ocorrência.”
Na delegacia, Reverton respondeu sinceramente às perguntas, negando qualquer inimizade que pudesse explicar a situação. No entanto, ele agora suspeita que alguém possa ter armado essa difamação contra ele. Ele compartilhou seu estado emocional, explicando que está confinado em casa com sua família, incluindo sua esposa grávida de seis meses, devido às ameaças de pessoas que afirmam que “vão atrás dele” com base nas informações falsas compartilhadas em grupos online.
Após incidente, motorista segue abalado
Apesar de manter uma boa reputação como motorista de aplicativo, com avaliações positivas, Reverton ainda vive sob a sombra dessa falsa acusação. Ele mencionou um incidente em que teve que sair disfarçado, com boné e touca, e foi questionado por um estranho se ele era o “rapaz acusado de sequestrador”. Esses encontros inesperados o deixam ansioso e desejando que essa situação desapareça o mais rápido possível.
O que diz a lei sobre fake news?
De acordo com o Código Penal do Brasil, existem três tipificações para casos ligados a mentiras e boatos: calúnia, injúria e difamação. Para tais práticas criminosas, a pena prevê de seis a 24 meses, além de pagamento de multa, que sofre variação conforme o grau de danos sofridos pela vítima.
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*Com informações do Uol.