Desenrola Brasil – Na esteira das crescentes preocupações com o endividamento dos brasileiros, o Governo Federal está dando passos decisivos. Com o programa de renegociação de dívidas chamado “Desenrola”, uma nova janela se abre para milhares de cidadãos que buscam organizar suas contas. A iniciativa avança no Congresso, mas você sabe o que isso realmente significa para a população e para o setor financeiro? Acompanhe e descubra todos os detalhes.
Quite suas dívidas pelo Desenrola Brasil
No último dia 24, o relator do projeto, deputado Alencar Santana (PT), trouxe a público o relatório sobre o projeto de lei que dá vida ao programa. Segundo o parlamentar, o texto se mantém fiel à proposta original, tendo passado apenas por ajustes pontuais. Santana também confirmou que a próxima etapa do programa está prevista para setembro e se concentrará em uma faixa específica de renda.
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A mecânica do “Desenrola” foi dividida em duas fases, focando em diferentes faixas de renda. Neste momento inicial, o programa beneficia pessoas cuja renda mensal oscila entre R$ 2.640 e R$ 20.000 e que possuem dívidas bancárias. As negociações são realizadas diretamente com as instituições financeiras que aderiram ao programa, possibilitando assim uma relação mais transparente e direta entre devedor e credor.
Mas o programa não para por aí. Na sua segunda fase, que deve ter início em setembro, o foco se volta para aqueles com renda de até dois salários mínimos ou que estão inscritos no Cadastro Único. Para esses indivíduos, a iniciativa prevê a negociação de débitos de até R$ 5.000, e o processo ocorrerá por meio de uma plataforma digital desenvolvida pelo próprio governo.
Uma característica marcante do “Desenrola” é a exigência para que os bancos participantes “limpem” o nome de devedores com dívidas inferiores a R$ 100, embora o pagamento desses valores ainda seja de responsabilidade do devedor em um momento subsequente. Essa medida visa a oferecer um alívio imediato para pessoas em situação financeira mais vulnerável.
Sobre o programa
Além de atacar o problema do endividamento, o projeto também visa a mexer em um dos principais causadores de dívidas: os juros do rotativo do cartão de crédito. Segundo o deputado Alencar Santana, a Medida Provisória associada ao “Desenrola” propõe um teto de 100% para os juros rotativos, caso o setor financeiro não apresente uma contraproposta em até 90 dias. É uma resposta direta à alíquota atual, que chegou a ultrapassar os 400%, tornando o rotativo uma das modalidades de crédito mais onerosas do mercado.
O programa “Desenrola” chega como um alento em meio a um cenário de endividamento crescente entre os brasileiros, propondo medidas tanto para facilitar a renegociação de dívidas quanto para regular práticas do setor financeiro que contribuem para a inadimplência. É uma iniciativa que impactará de forma significativa o dia a dia financeiro de milhões de pessoas, trazendo também novas responsabilidades e desafios para as instituições financeiras. A fase seguinte, prevista para setembro, é aguardada com grande expectativa e será determinante para avaliar a eficácia das ações propostas. Fica, portanto, o convite para que os cidadãos se mantenham informados e atentos às possibilidades que essa nova política pública oferece.
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