Nesta última semana o Banco Central informou aos brasileiros que são usuários do Pix um grande vazamento de dados. O caso é preocupante porque é o quinto vazamento desde o lançamento da ferramenta de transferências. Haja vista que isso acaba retirando a credibilidade do Pix e acima de tudo causando inconsistências aos clientes. Saiba todos os detalhes e o que pode ser feito para se proteger.
BC alerta clientes Pix sobre vazamentos
238 foi o número de chaves Pix vazadas nesta última semana. Estas chaves foram vazadas de clientes da intermediadora de pagamentos — Phi Serviços de Pagamentos S.A. Totalizando o quinto vazamento desde o ano de novembro de 2020 — isto é, desde o lançamento do Pix.
O BC alerta que esse vazamento aconteceu por conta de falhas sólidas no sistema de pagamentos da intermediadora de pagamentos. Os dados apontam que a falha no sistema Pix da empresa permitiu o vazamento de 238 chaves Pix. Representando cerca de 0,00004% das chaves cadastradas.
Este número é ‘pequeno’ em comparação a grande quantidade de chaves Pix que há cadastradas no DICT — Diretório de Identificadores de Contas Transacionais. Em sua defesa, a empresa informou que os dados expostos não hão de afetar contas que movimentam quantias em dinheiro.
Haja vista que contas protegidas por sigilo bancário não foram expostos. Todos os clientes que usam a Phi Pagamentos e tiveram seus dados expostos — serão avisados acerca disso através do aplicativo. A empresa afirma que será a única maneira de informação sobre os vazamentos individuais — e que os clientes devem desconsiderar os demais.
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Outros casos já aconteceram
O caso é preocupante porque em menos de 03 anos, 5 casos de vazamentos já aconteceram. O vazamento mais recente de chaves que aconteceu foi em 2022, com o vazamento de mais de 137 mil chaves Pix da rede “Abastece Aí”.
Isto está se tornando comum entre algumas empresas, o que pode gerar um grave risco. Haja vista que algumas pessoas possuem o sigilo bancário e outras até mesmo optam por não divulgar seus dados ao público — mas após um vazamento deste nível acaba se tornando inviável.
Outro caso aconteceu em 2021 — com o vazamento de mais de 414 mil chaves Pix por número telefone, oriundos da “Banese”. Logo, os dados oriundos deste último vazamento foram diminutos em comparação a outros do segmento.
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Como se proteger?
Torna-se quase impossível prever este tipo de vazamento de dados, até mesmo porque não há como os clientes se protegerem ou realizarem alguma coisa para evitar.
Já que o erro ocorre no sistema Pix de determinadas instituições — e então as chaves cadastradas de terceiros acabam sendo vazadas. As únicas ações dos clientes é cadastrar suas chaves Pix em instituições confiáveis e sem histórico de vazamentos.
Como é o caso de bancos brasileiros como o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Inter, etc. Ademais, não há como saber se os dados serão ou não expostos — haja vista que a prevenção é o grande pilar.
O último vazamento citado ‘prejudicou’ pouco mais de 200 pessoas, mas em vazamentos em alta escala pode prejudicar muito mais e inclusive de maneira muito maléfica. Todo cuidado é pouco.