Já pensou em se tornar um comissário de bordo? Em meio a uma carreira frequentemente glamorizada por filmes e séries de TV, os comissários de voo surgem como peças-chave não só para o conforto dos passageiros, mas principalmente para a segurança a bordo de aeronaves. A função, que parece ser apenas a de servir refeições e bebidas durante um voo, vai muito além. Este é um setor em constante expansão e, para entrar nele, os candidatos precisam atender a uma série de requisitos rigorosos e se submeter a treinamentos intensivos.
Como se tornar um comissário
Para ingressar nesse mercado de trabalho, os candidatos devem ter no mínimo 18 anos de idade, conclusão do Ensino Médio e fluência em português. Um dos pré-requisitos mais importantes é a obtenção de um Certificado Médico Aeronáutico de segunda classe, também conhecido como CMA. Outro passo crucial é a realização de um curso técnico para comissários, ministrado em instituições autorizadas, seguido de um exame de conhecimentos aplicado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Ao ser selecionado por uma companhia aérea, os novos comissários também precisam concluir um treinamento específico para a aeronave na qual atuarão, seguido de estágio prático e um exame final.
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No entanto, a partir de 2024, algumas dessas exigências sofrerão alterações. A formação em centros de instrução autorizados, por exemplo, não será mais necessária. A nova diretriz estipula que os candidatos devem receber treinamento interno pela própria empresa aérea e demonstrar competência técnica para receber a autorização formal para trabalhar em voos.
Durante o processo de formação, os comissários aprendem sobre uma série de assuntos, incluindo mas não se limitando a: navegação aérea, meteorologia, regulamentação e legislação aeronáutica, medicina aeroespacial, além de primeiros socorros e situações emergenciais a bordo. Todos esses tópicos são cruciais para a segurança e bem-estar dos passageiros, tornando o comissário uma figura central no cotidiano da aviação.
Com relação ao mercado de trabalho, os comissários não estão limitados apenas a empresas aéreas. Eles também têm a opção de trabalhar em táxis aéreos, aeronaves particulares, empresas de transporte offshore que servem à indústria petrolífera e até mesmo em fabricantes de aviões para atuar em voos de demonstração.
No que se refere à remuneração, o salário médio de um comissário de voo no Brasil é de R$ 6.252,19 por mês, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego atualizados até junho de 2023. A composição do salário é dividida entre uma parcela fixa e outra variável, que se altera de acordo com a quantidade de horas voadas. No momento, cerca de 10.606 comissários de voo estão empregados no Brasil, de um universo de 10.863 profissionais habilitados para a função. Desses, 70,8% são mulheres e 29,2% são homens.
Pense bem!
Contrariando o senso comum que pinta uma imagem exclusivamente glamorosa da carreira, a rotina do comissário não é sempre cheia de destinos exóticos e folgas prolongadas. Em muitos casos, os profissionais são designados para destinos com pouca infraestrutura ou menos atrativos turísticos, tornando a rotina desafiadora e as longas horas de trabalho mais exaustivas.
As empresas aéreas regularmente abrem processos seletivos para comissários de voo, como é o caso da Voepass e Latam que já realizaram seleções em 2023. A Gol Linhas Aéreas também anunciou recentemente que está com inscrições abertas para preencher 100 vagas, nas bases de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Portanto, além de servir café e ajustar assentos, os comissários de voo são figuras centrais para a segurança e o bom funcionamento das viagens aéreas. É uma carreira que requer preparação rigorosa, habilidades interpessoais excepcionais e uma dedicação contínua ao aprendizado e aperfeiçoamento profissional.
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