Seu cachorro ou gato dorme na sua cama? Veja se existem riscos

Posso dormir com meu pet na cama? Você já se perguntou se permitir que seu animal de estimação durma na sua cama pode ser prejudicial? A questão, apesar de comum, envolve uma série de considerações médicas e de bem-estar tanto para o humano quanto para o animal.

Seu cachorro ou gato dorme na sua cama? Veja se existem riscos
Cama compartilhada com pets exige atenção aos riscos e necessidades de ambos. Foto: divulgação

Animais na cama

Para Marcelo Otsuka, vice-presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo, em princípio, não existem contraindicações médicas para essa prática. No entanto, há ressalvas. Pessoas com alergia a pelos de animais, por exemplo, devem evitar o contato próximo. Segundo Otsuka, são raras as situações em que os animais domésticos podem transmitir doenças para os seres humanos, especialmente se os animais tiverem acesso a condições básicas de higiene. O profissional destaca que alguns cuidados simples podem tornar a relação benéfica para ambas as partes.

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O especialista também ressalta que é preciso estar atento a outras condições, como a presença de bebês muito pequenos na casa, que ainda não têm mecanismos de defesa bem desenvolvidos. O risco de sufocamento é real, já que animais gostam de estar próximos aos humanos. Por outro lado, animais de pequeno porte podem enfrentar riscos ao subir em camas muito altas, o que pode resultar em quedas e lesões.

O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), por sua vez, também tem suas orientações. Kellen Oliveira, presidente da Comissão de Bem-Estar Animal (Cobea) do CFMV, faz recomendações como higienizar as patas dos animais após passeios externos e observar sinais de ectoparasitas como pulgas ou carrapatos, que podem ser transmissores de doenças tanto para animais quanto para humanos. Manter o esquema vacinal do tutor e do pet em dia também é crucial, assim como adaptar o acesso à cama com rampas ou escadas para evitar acidentes.

Cuidados veterinários

Rosângela Gebara, membro da mesma comissão, complementa que cuidados veterinários específicos são essenciais para evitar a transmissão de doenças. Vacinações múltiplas, além da antirrábica, são recomendadas, assim como a aplicação regular de vermífugos e profilaxias contra ectoparasitas. Gebara insiste que, ao menor sinal de doença no pet, o tutor deve buscar auxílio veterinário imediatamente para um diagnóstico e tratamento precoces.

Portanto, a prática de compartilhar a cama com animais de estimação, embora comum e até aconchegante, exige uma série de cuidados que vão além da simples convivência. São necessárias precauções tanto para a saúde do humano quanto para o bem-estar do animal, exigindo a atenção de ambos para garantir uma relação saudável e feliz. Estar ciente dos riscos e das medidas preventivas é o primeiro passo para tornar essa experiência tão gratificante quanto possível para todos os envolvidos.

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