Óleo de cozinha – Você acha que todos os óleos vegetais são iguais e podem ser usados de forma indistinta na cozinha? Pense de novo. O que muitos não sabem é que cada tipo de óleo não apenas tem um impacto significativo na saúde, mas também determina como ele pode ou não ser utilizado no preparo de diferentes pratos.
Qual é o melhor óleo?
A realidade é que o ingrediente primário de cada óleo vegetal — sejam eles de soja, girassol, canola, dendê ou outros — influencia fortemente sua composição nutricional e, por extensão, sua utilidade na culinária. Karina Gama, mestre em ciência dos alimentos e nutricionista do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, ressalta que os óleos são obtidos principalmente de alimentos de origem vegetal e servem várias funções. Além de serem uma fonte de energia, fornecendo cerca de 9 kcal por ml, também são responsáveis pelo transporte de certas vitaminas e compostos antioxidantes.
Veja também: Se você tomar água nestes 10 horários tende a ficar mais saudável
A escolha do óleo certo para sua receita vai muito além do sabor; ela precisa considerar o impacto das altas temperaturas sobre a estrutura das gorduras. Fritar um alimento em óleo inadequado pode não apenas arruinar o sabor, mas também transformar a gordura em uma forma menos saudável.
Mas, antes de ir ao supermercado, é crucial ler os rótulos cuidadosamente. Caroline Guimaraes, nutricionista da healthtech N2B e auxiliar de pesquisa no Incor, sugere um olhar aguçado na lista de ingredientes para evitar produtos que contenham óleos parcialmente hidrogenados, que são prejudiciais à saúde.
Então, o que olhar nos rótulos? Fique atento ao tipo de gordura presente no óleo. As gorduras monoinsaturadas, por exemplo, contribuem para a redução do risco cardiovascular. Os ácidos graxos ômegas 3 e 6 são benéficos à saúde, mas é importante manter um equilíbrio entre eles para evitar inflamações e outros problemas cardiovasculares, de acordo com Gama. Gorduras saturadas, por outro lado, estão associadas à elevação do colesterol ruim e devem ser consumidas com moderação.
O ponto de fumaça também é um fator relevante. Priscila Moreira, conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas, explica que o ponto de fumaça indica a temperatura em que o óleo começa a se degradar, liberando substâncias potencialmente perigosas. Por exemplo, o óleo de girassol tem um ponto de fumaça baixo, tornando-o inadequado para frituras, mas útil para preparações refogadas ou cozidas
Outros tipos
Quando se trata de escolha, o óleo de soja é uma das opções mais populares no Brasil, especialmente pelo seu equilíbrio entre os ômegas 3 e 6 e pelo seu alto ponto de fumaça. O óleo de canola também é uma escolha versátil, com um perfil nutricional semelhante ao do óleo de soja. O azeite é uma fonte rica de gorduras monoinsaturadas e antioxidantes, mas perde seu potencial nutricional quando aquecido acima de 180ºC. Já o óleo de abacate é valorizado por sua elevada tolerância a altas temperaturas e pela sua riqueza em gorduras monoinsaturadas.
E quanto aos óleos mais controversos, como o de coco e o azeite de dendê? Ambos são ricos em gorduras saturadas e devem ser usados com cautela. O óleo de coco, em particular, tem sido objeto de discussão entre especialistas em nutrição devido ao seu alto teor de gorduras saturadas e ao impacto potencialmente negativo sobre os níveis de colesterol.
Portanto, a próxima vez que você se encontrar perdido no corredor de óleos do supermercado, lembre-se: não são todos iguais. Escolher o óleo certo pode fazer toda a diferença, tanto no sabor de seus pratos quanto na sua saúde.
Veja também: Que NOJO! Saber disso fará você parar de roer unhas hoje mesmo