Girassol, milho, canola: qual é o óleo mais saudável?

Óleo de cozinha – Você acha que todos os óleos vegetais são iguais e podem ser usados de forma indistinta na cozinha? Pense de novo. O que muitos não sabem é que cada tipo de óleo não apenas tem um impacto significativo na saúde, mas também determina como ele pode ou não ser utilizado no preparo de diferentes pratos.

Girassol, milho, canola: qual é o óleo mais saudável?
A escolha do óleo certo influencia na saúde e no preparo das receitas. Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / noticiadamanha.com.br

Qual é o melhor óleo?

A realidade é que o ingrediente primário de cada óleo vegetal — sejam eles de soja, girassol, canola, dendê ou outros — influencia fortemente sua composição nutricional e, por extensão, sua utilidade na culinária. Karina Gama, mestre em ciência dos alimentos e nutricionista do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, ressalta que os óleos são obtidos principalmente de alimentos de origem vegetal e servem várias funções. Além de serem uma fonte de energia, fornecendo cerca de 9 kcal por ml, também são responsáveis pelo transporte de certas vitaminas e compostos antioxidantes.

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A escolha do óleo certo para sua receita vai muito além do sabor; ela precisa considerar o impacto das altas temperaturas sobre a estrutura das gorduras. Fritar um alimento em óleo inadequado pode não apenas arruinar o sabor, mas também transformar a gordura em uma forma menos saudável.

Mas, antes de ir ao supermercado, é crucial ler os rótulos cuidadosamente. Caroline Guimaraes, nutricionista da healthtech N2B e auxiliar de pesquisa no Incor, sugere um olhar aguçado na lista de ingredientes para evitar produtos que contenham óleos parcialmente hidrogenados, que são prejudiciais à saúde.

Então, o que olhar nos rótulos? Fique atento ao tipo de gordura presente no óleo. As gorduras monoinsaturadas, por exemplo, contribuem para a redução do risco cardiovascular. Os ácidos graxos ômegas 3 e 6 são benéficos à saúde, mas é importante manter um equilíbrio entre eles para evitar inflamações e outros problemas cardiovasculares, de acordo com Gama. Gorduras saturadas, por outro lado, estão associadas à elevação do colesterol ruim e devem ser consumidas com moderação.

O ponto de fumaça também é um fator relevante. Priscila Moreira, conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas, explica que o ponto de fumaça indica a temperatura em que o óleo começa a se degradar, liberando substâncias potencialmente perigosas. Por exemplo, o óleo de girassol tem um ponto de fumaça baixo, tornando-o inadequado para frituras, mas útil para preparações refogadas ou cozidas

Outros tipos

Quando se trata de escolha, o óleo de soja é uma das opções mais populares no Brasil, especialmente pelo seu equilíbrio entre os ômegas 3 e 6 e pelo seu alto ponto de fumaça. O óleo de canola também é uma escolha versátil, com um perfil nutricional semelhante ao do óleo de soja. O azeite é uma fonte rica de gorduras monoinsaturadas e antioxidantes, mas perde seu potencial nutricional quando aquecido acima de 180ºC. Já o óleo de abacate é valorizado por sua elevada tolerância a altas temperaturas e pela sua riqueza em gorduras monoinsaturadas.

E quanto aos óleos mais controversos, como o de coco e o azeite de dendê? Ambos são ricos em gorduras saturadas e devem ser usados com cautela. O óleo de coco, em particular, tem sido objeto de discussão entre especialistas em nutrição devido ao seu alto teor de gorduras saturadas e ao impacto potencialmente negativo sobre os níveis de colesterol.

Portanto, a próxima vez que você se encontrar perdido no corredor de óleos do supermercado, lembre-se: não são todos iguais. Escolher o óleo certo pode fazer toda a diferença, tanto no sabor de seus pratos quanto na sua saúde.

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