Costuma usar conta poupança? Em meio à contínua busca dos brasileiros por opções de investimento, a poupança emerge como uma surpresa: nos últimos 12 meses, descontando a inflação, a rentabilidade alcançou 5,22%. Essa marca, segundo um levantamento realizado por Einar Rivero do TradeMap, é a melhor desde agosto de 2017. Ainda que apresente rendimentos geralmente mais tímidos, a poupança segue como uma alternativa querida no país. Mas, por quê? E o que é necessário entender sobre ela?
Rentabilidade da Poupança
Historicamente conhecida pela população devido à sua simplicidade, a poupança é uma opção de investimento com baixíssimo risco. Isso, por si só, já faz dela um chamariz, principalmente em um cenário econômico incerto. Contudo, para quem deseja realmente potencializar os ganhos dessa caderneta, é crucial compreender algumas de suas características e particularidades.
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Uma dessas características é a chamada “data de aniversário” da poupança. De modo simplificado, essa data é equivalente ao dia do mês no qual o depósito foi efetuado. Por exemplo, se uma quantia é depositada no dia 20 de um determinado mês, os rendimentos dessa quantia serão repassados todo dia 20 dos meses subsequentes. No entanto, existe um detalhe para aqueles que optam por depositar nos dias 29, 30 e 31: a data de aniversário, nesses casos, acaba sendo transferida para o primeiro dia do mês que vem a seguir.
Mas, há peculiaridades quando tratamos de contas jurídicas. Diferente das contas de pessoas físicas, onde o rendimento é mensal, para pessoas jurídicas, o repasse dos rendimentos acontece a cada trimestre. O crédito, neste caso, ocorre na data de aniversário correspondente ao último mês desse trimestre. E, para quem se pergunta sobre a melhor época para efetuar saques, uma dica: sempre um dia após o crédito do rendimento. Se a data de aniversário for o dia 20, por exemplo, o saque mais vantajoso se dá no dia 21.
Voltando ao tema da rentabilidade, é incontestável que, ao longo dos últimos meses, a poupança ganhou destaque. Com uma rentabilidade real (quando subtraímos a inflação) superior a 5%, a desaceleração inflacionária brasileira colaborou para esse resultado. Quando falamos de ganho real, estamos nos referindo ao rendimento de um investimento com a inflação já descontada – ou, de forma mais técnica, deduzindo a variação do Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA).
Outros investimentos
Entretanto, é sempre válido ressaltar que, apesar de ter experimentado uma alta em sua rentabilidade, a poupança ainda se encontra atrás de outros investimentos, quando consideramos a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 13,25% ao ano. Assim, para os investidores mais atentos e que buscam alternativas tão seguras quanto a poupança, mas com rendimentos potencialmente mais atraentes, opções como LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) ou LCI (Letra de Crédito Imobiliário) podem ser interessantes, visto que chegam a pagar até 97% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
O cenário financeiro sempre reserva surpresas, e é essencial se manter atualizado e conhecer a fundo cada tipo de investimento para fazer escolhas acertadas. Em um país onde a poupança ainda é tão popular, talvez seja a hora de analisar com mais carinho todas as opções disponíveis no mercado.
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