Doença se espalha pelo Brasil – O Brasil vive um alerta: os casos de zika vírus no país registraram um aumento significativo, com destaque para o Sudeste, colocando a saúde pública em estado de atenção. No entanto, esse cenário não é novo e, por trás das cifras, há esforços significativos para controlar o avanço da doença. Aprofundemo-nos no panorama da zika vírus e as ações tomadas pelo governo para combatê-la.
Tudo sobre a doença
De janeiro a 8 de julho de 2023, observou-se um aumento de 20% nos registros de casos de zika vírus, passando de 5.910 para 7.093, em comparação com o mesmo período do ano anterior. É imprescindível observar que o Sudeste do país, região densamente povoada e com grande fluxo de pessoas, exibiu um expressivo crescimento de 11,7% no número de infectados.
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Em resposta às preocupações, o Ministério da Saúde salientou que as informações divulgadas ainda são preliminares, podendo sofrer revisões. E reforçou a importância da notificação: toda suspeita ou confirmação de infecção pelo vírus zika – e outras arboviroses, como dengue e chikungunya – deve ser comunicada imediatamente aos órgãos de saúde, uma vez que a vigilância dessas enfermidades é compulsória.
Retrocedendo um pouco no tempo, em abril deste ano, um incremento no número de casos de dengue, zika e chikungunya foi observado em território nacional. As três doenças, todas arboviroses, têm uma característica em comum: são transmitidas pela picada do mosquito Aedes aegypti. Diante da iminente ameaça à saúde pública, o governo federal promoveu uma campanha nacional para combater essas enfermidades.
Uma ação relevante naquele momento foi a mobilização do Centro de Operações de Emergências de Arboviroses (COE), com foco em 11 estados que apresentavam elevado número de casos e óbitos. Os recursos destinados à causa foram significativos: R$ 84,3 milhões foram investidos em aquisições de inseticida, larvicida, kits de diagnóstico e treinamento dos profissionais da saúde, a fim de fortalecer a capacidade de resposta às epidemias.
No entanto, os esforços pareceram surtir efeito. Em junho, o COE teve suas atividades encerradas devido à diminuição do risco de transmissão das arboviroses em todas as unidades federativas do Brasil. No período de abril a julho, houve uma notável redução de 87% nos casos reportados de zika vírus. As causas desse declínio abrangem desde a efetiva ação no controle do mosquito vetor até fatores ambientais, como mudanças climáticas, que influenciaram na circulação viral das doenças. O Ministério, naquela ocasião, garantiu que, apesar da desativação do COE, manteria o monitoramento rigoroso das arboviroses ao longo do ano.
Fique sempre atento
Para a população em geral, é essencial reconhecer os sintomas da zika: entre os mais recorrentes, estão dor de cabeça, febre branda, pequenas dores articulares, erupções cutâneas, coceira e irritação ocular. Em alguns casos, também foram reportados inchaços, dores de garganta, tosse e vômitos.
A prevenção, sem dúvida, é o melhor caminho. Combater os focos do Aedes aegypti é imperativo. Isso envolve práticas cotidianas, como evitar água estagnada em recipientes, instalar telas de proteção em janelas e portas, usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas regiões expostas. A conscientização é uma arma poderosa, e a colaboração de todos é fundamental para enfrentar e controlar a zika e outras arboviroses no Brasil.
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