Quais estados empregam mais e quais empregam menos? Veja os dados

A pandemia da COVID-19 impactou negativamente o emprego em todo o mundo, incluindo o Brasil, causando uma significativa perda de empregos. No entanto, o cenário, tanto brasileiro, como a nível global tem demonstrado sinais claros de recuperação no que se refere a aumento de empregos com carteira assinada. A seguir, veja quais estados brasileiros possuem maior oferta de trabalho atualmente.

A pandemia da COVID-19 impactou negativamente o emprego em todo o mundo, incluindo o Brasil, causando uma significativa perda de empregos. No entanto, o cenário, tanto brasileiro, como a nível global tem demonstrado sinais claros de recuperação no que se refere a aumento de empregos com carteira assinada. A seguir, veja quais estados brasileiros possuem maior oferta de trabalho atualmente.
Estados voltam a oferecer maior oferta de trabalho após período pandêmico. | Imagem: Jeane de Oliveira / noticiadamanha.com.br

Brasil respira novos ares em cenário trabalhista

No segundo trimestre de 2023, o Brasil registrou um total de 36,8 milhões de trabalhadores do setor privado com contrato formal, permanecendo estável em comparação com o trimestre anterior.

No entanto, em relação ao mesmo período do ano anterior, houve um crescimento de 2,8%, representando um aumento de 991 mil pessoas nesse setor. Isso significa que 73,3% dos trabalhadores do setor privado no país possuíam carteira assinada, indicando que quase três em cada quatro empregados estavam seguindo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Mercado recupera fôlego pós-pandemia

Este resultado é notavelmente positivo e difere consideravelmente do cenário dos anos anteriores. A pandemia da COVID-19 impactou negativamente o emprego em todo o mundo, incluindo o Brasil, causando uma significativa perda de empregos. Especificamente em 2020, ocorreram as maiores perdas no mercado de trabalho, resultando na migração de muitos trabalhadores para o setor informal.

No entanto, a trajetória se reverteu em 2021, e essa melhora continuou em 2022, consolidando-se no segundo trimestre de 2023, quando a taxa de desemprego diminuiu novamente no país. Todas essas informações foram coletadas através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cujos resultados foram divulgados recentemente. A seguir, entenda como se encontra a distribuição de emprego formal por região.

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Distribuição regional do emprego formal

Os dados do IBGE mostram que em 16 das 27 Unidades da Federação (UFs), a proporção de trabalhadores informais foi menor do que a média nacional no segundo trimestre de 2023.

Quase todos os estados do país registraram taxas de emprego formal acima de 50%, com exceção do Maranhão, que manteve a menor proporção de trabalhadores formais, com menos da metade dos empregados com carteira assinada.

Abaixo, veja os estados com as menores proporções de trabalhadores formais no país:

  • Maranhão: 49,3%;
  • Pará: 51,5%;
  • Tocantins: 53,5%;
  • Piauí: 53,5%;
  • Ceará: 57,4%;
  • Bahia: 58,0%;
  • Sergipe: 58,2%;
  • Paraíba: 59,4%.

Estes números representam a porcentagem de pessoas com 14 anos ou mais empregadas no setor privado durante o primeiro trimestre de 2023 no Brasil. O Maranhão, especificamente, teve a menor taxa de emprego formal no setor privado durante o segundo trimestre, havendo uma ligeira queda em relação ao trimestre anterior.

Além disso, outros oito estados registraram taxas abaixo da média nacional, como Alagoas (60,3%), Roraima (61,6%), Amazonas (64,3%), Rio Grande do Norte (64,4%), Pernambuco (68,1%), Amapá (68,3%), Acre (68,5%) e Goiás (71,1%).

Liderança de Santa Catarina

Os dados da PNAD também revelaram os estados com as maiores taxas de emprego formal. Santa Catarina manteve a liderança nesse ranking, com o maior percentual de trabalhadores do setor privado com contrato formal. Este estado do sul do país tem sustentado essa posição ao longo dos anos.

Cerca de 11 estados registraram taxas superiores à média nacional de emprego formal. Eis os estados com os maiores percentuais de emprego formal no setor privado durante o primeiro trimestre de 2023:

  • Santa Catarina: 88,1%;
  • Rio Grande do Sul: 82,3%;
  • Paraná: 81,3%;
  • São Paulo: 80,0%;
  • Mato Grosso: 77,8%;
  • Rondônia: 77,5%;
  • Distrito Federal: 76,7%;
  • Mato Grosso do Sul: 76,4%;
  • Rio de Janeiro: 75,8%;
  • Minas Gerais: 75,7%;
  • Espírito Santo: 74,0%.

Os estados do Sul dominaram as maiores taxas, seguidos pelos estados do Sudeste e Centro-Oeste. Em contraste, os estados do Nordeste e Norte apresentaram as menores taxas, com exceção de Rondônia, que registrou um aumento significativo em comparação ao trimestre anterior (72,4%).

Vale a pena observar que o mercado de trabalho enfrentou desafios ao longo deste ano. Em junho, o Brasil criou 157,19 mil empregos formais, uma redução de 45% em comparação ao mesmo período de 2022.

Com essas adições aos dados de junho, o Brasil alcançou um saldo de 43,46 milhões de empregos com contrato formal. Esse valor superou em 0,3% o saldo de maio (43,31 milhões) e em 3,9% o saldo de junho de 2022 (41,81 milhões).

Significado da PNAD Contínua

De acordo com o IBGE, a PNAD Contínua monitora as flutuações trimestrais e a evolução da força de trabalho no Brasil. Esse levantamento oferece informações de curto, médio e longo prazo, coletando dados nacionalmente para analisar o desenvolvimento socioeconômico do país.

Essa pesquisa foi implementada em outubro de 2011, tornando-se definitiva em janeiro de 2012. A PNAD Contínua também divulga informações mensais, anuais e trimestrais sobre o mercado de trabalho e o desemprego no Brasil, o que é fundamental para os analistas do mercado projetarem tendências futuras relacionadas à economia do país.

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