Muitas mudanças tem ocorrido no mercado de trabalho, mas o que esperar do terceiro trimestre?
- A dificuldade no preenchimento de vagas em aberto;
- A posição privilegiada dos bons profissionais;
- O desafio da fidelidade;
- O foco na marca empregadora;
- Flexibilidade;
- Empregos temporários.
As expectativas refletem uma mudança no equilíbrio entre empregado e empregador.
Escassez de trabalhadores qualificados
Conforme pesquisas reveladas, a taxa de desemprego dos profissionais qualificados (a partir dos 25 anos com ensino superior completo) foi de apenas 4,1% ao final do primeiro trimestre.
O índice de desocupação geral da população, que inclui essa categoria de profissional, foi de 8,8% no mesmo período.
Por mais que o cenário econômico não tenha a estabilidade esperada pelo mercado, os níveis de desemprego abaixo dos 5% reforçam que a oferta de talentos disponíveis é escassa, já que a maioria dos bons profissionais já se encontra trabalhando.
A consequência é prática: aqueles com bagagem técnica e comportamental apurada serão fortemente disputados entre as empresas.
Dificuldade de fechar vagas
As empresas ainda encontram dificuldade de preencher suas vagas com facilidade, ao esbarrarem no déficit de profissionais que o Brasil enfrenta, visto que o volume de formação de profissionais não consegue suprir as exigências do mercado na velocidade que é exigida.
Segundo uma pesquisa revelada, cerca de 24,76,8% dos recrutadores estão com dificuldades para contratar profissionais qualificados.
Entre os entrevistados para a pesquisa, 66% acreditam que o cenário não deve mudar nos próximos seis meses, enquanto 20% dizem que ele ficará mais desafiador.
Candidatos no comando
A tendência é que a dificuldade no preenchimento das vagas se torne ainda maior e uma das razões é a forte posição dos profissionais.
Os candidatos estão mais seguros em suas carreiras, têm mais clareza sobre seus objetivos profissionais e apresentam exigências cada vez mais altas para mudar de emprego.
A famosa contraproposta
Em alguns contextos, ao receber propostas, alguns candidatos podem dispensar a nova vaga de emprego, deixando seu ex-futuro empregador de mãos abanando e optar por continuar trabalhando com a antiga empresa.
Parte desse cenário se deve às negociações realizadas com o empregador para a permanência no trabalho, as chamadas contrapropostas.
Mais oportunidades para empregos temporários
Apesar da incerteza econômica, os recrutadores afirmam contar com profissionais contratados por tempo determinado e 40% dos profissionais alocados temporariamente nas empresas acreditam que terão mais oportunidades para atuar com projetos no próximo trimestre.
A relevância das oportunidades por projeto não deve ser subestimada: elas permitem que as empresas respirem nos períodos de pico, trazem experiência em situações estratégicas e devem ser uma solução quando cargos permanentes ficam vagos por um longo período.
A flexibilidade
Em prol de mais bem-estar, qualidade de vida e saúde mental, flexibilidade é o novo método do mercado de trabalho e esse definitivamente ainda será o primeiro tópico das salas de entrevista por um bom tempo.
Há profissionais que não cogitam mais prescindir dos modelos híbridos e 38% estão dispostos, até mesmo, a buscar um novo emprego na impossibilidade de uma atividade parcialmente remota.
Foco em identidade e valores
Para muito além de alta remuneração e benefícios atrativos, os candidatos escolherão empresas por sua identidade, seus valores e sintonia com as pautas mais latentes do mercado, diversidade e inclusão.
Dessa forma, o desafio de contar com profissionais alinhados à empresa, à vaga e ao perfil de gestão demanda investimento em processos de recrutamento estruturados e estratégicos.
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