Drex vai substituir o Pix? O futuro do dinheiro no Brasil pode estar prestes a mudar, com a chegada do DREX, a moeda digital anunciada pelo Banco Central (BC). Enquanto o nome oficial foi revelado recentemente, muitas questões surgem em torno dessa inovação financeira. Será que o DREX vai substituir o PIX? Qual é exatamente o propósito dessa nova moeda? O que significa para o cidadão comum? Vamos explorar essas questões e entender como o DREX está moldando o panorama monetário no país.
Pix vai sumir com a chegada do Drex?
O Real Digital, agora chamado DREX, iniciou sua fase de testes em março deste ano. Até junho, o BC selecionou 16 propostas para participar deste projeto piloto inovador. A fase de testes está prevista para ser concluída em dezembro de 2023, mas os resultados serão avaliados apenas em março de 2024, com a participação do público também esperada.
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Um consórcio notável foi formado em julho pela Elo e Microsoft, empresas que irão contribuir para o desenvolvimento desta moeda digital. O anúncio oficial do nome DREX ocorreu em 7 de agosto, sendo descrito pelo Banco Central como um meio para proporcionar um ambiente seguro e regulamentado para a criação de novos negócios e um acesso mais democrático aos benefícios da economia digital para cidadãos e empreendedores.
Uma das principais dúvidas é a relação entre DREX e PIX. Enquanto o PIX é um sistema de transferência instantânea de valores, o DREX é a moeda em si. Em outras palavras, será possível fazer uma transferência via PIX usando a moeda DREX. O próprio Banco Central comparou o DREX como uma espécie de “primo do PIX”, indicando uma relação complementar em vez de substitutiva.
Diferente das criptomoedas, o DREX terá seu valor vinculado ao real, sem a volatilidade que marca outras moedas digitais. Cada 1 DREX equivalerá a R$ 1, com o valor da moeda digital garantido pelo Banco Central. Isso contrasta com criptomoedas, que não possuem qualquer garantia de uma autoridade monetária.
O DREX será uma moeda de atacado, não de varejo. Isso significa que os correntistas não terão acesso direto ao DREX, mas o utilizarão por meio de carteiras virtuais associadas a instituições de pagamento, como bancos e correspondentes bancários. O cliente depositará reais nessas carteiras e poderá realizar transações com a versão digital da moeda.
Digitalização do sistema financeiro
A introdução do DREX representa um passo significativo na digitalização do sistema financeiro brasileiro. Reflete uma tendência global em direção a moedas digitais emitidas por bancos centrais e pode trazer benefícios substanciais em termos de eficiência, segurança e inclusão financeira.
Contudo, essa inovação também levanta questões sobre privacidade, segurança e regulamentação. A implementação bem-sucedida do DREX requer cuidadosa consideração dessas e de outras questões, bem como uma colaboração eficaz entre o Banco Central, instituições financeiras e outros stakeholders relevantes.
A criação do DREX representa uma oportunidade única para modernizar e fortalecer o sistema financeiro do Brasil. Ainda há um longo caminho a ser percorrido até a implementação completa desta moeda digital, e os próximos meses serão cruciais para moldar o futuro do dinheiro no país. Com uma gestão cuidadosa e consideração atenta às necessidades e preocupações dos cidadãos, o DREX tem o potencial de se tornar uma parte integral da paisagem financeira do Brasil, abrindo novos caminhos para negócios, consumidores e a economia como um todo.
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