Contrariando a premissa convencional de que a felicidade conjugal e a exclusividade caminham de mãos dadas, resultado inusitado da pesquisa lançou uma nova luz sobre a complexidade das relações amorosas. A seguir, saiba mais detalhes sobre o que foi relatado no estudo e qual a relação entre o amor e a infidelidade, segundo a pesquisa divulgada.
Felicidade não impede traição, diz pesquisa
Uma pesquisa recente trouxe à luz um fenômeno intrigante: 39% dos indivíduos admitiram praticar a infidelidade, mesmo quando imersos em relacionamentos aparentemente felizes. Contrariando a premissa convencional de que a felicidade conjugal e a exclusividade caminham de mãos dadas, esses resultados lançam uma nova luz sobre a complexidade das relações amorosas.
O amor é frequentemente pintado como um sentimento avassalador que nos impulsiona a fazer promessas de fidelidade eterna, jurando solenemente jamais voltar o olhar para outro parceiro. Entretanto, a pesquisa desafia essa idealização. Para uma parcela substancial – quase 40% – da população, a felicidade no relacionamento não é sinônimo de renúncia à aventura amorosa.
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Pesquisa desafia o verdadeiro significado do amor
A pesquisa, conduzida pelo site Ashley Madison, curiosamente um site de ‘paquera’ para relações extraconjugais, trouxe à tona esse aspecto intrigante. Dentro do grupo de usuários da plataforma, 39% declararam estar satisfeitos com seus relacionamentos oficiais. No entanto, essa satisfação não os inibe de buscar relações extraconjugais de tempos em tempos.
Isabella Mise, diretora de comunicações do site, sugere que muitos veem essas escapadas como uma fonte adicional de conexão, um tempero excitante adicionado à vida amorosa. A analogia de ter um prato principal delicioso, mas não resistir a uma sobremesa tentadora, parece ilustrar essa perspectiva.
Afinal, o que é traição?
Mas como definir a linha tênue entre o que é considerado uma traição e o que pode ser encarado como um deslize sem envolvimento emocional? Surge aqui uma interessante “área cinzenta” no campo da fidelidade. Alguns argumentam que um episódio estritamente físico, desprovido de vínculos sentimentais, não merece ser rotulado como traição. Essa visão, no entanto, é subjetiva e levanta questões sobre as nuances da fidelidade.
André Almeida, terapeuta sexual, contribui com sua perspectiva sobre o assunto. Ele enfatiza que a fidelidade não possui uma definição universal e fixa, assim como um vestido não serve para todos. A dimensão da fidelidade varia de acordo com a cultura, valores pessoais e até mesmo a ética individual. Almeida observa que: “Pessoas têm hierarquias de valores diferentes e, para algumas, determinados valores podem ser mais – ou menos – importantes que outros.”
‘Regras’ sobre fidelidade são individuais
Em última análise, a pesquisa revela que cada casal deve estabelecer suas próprias regras e limites em relação à fidelidade. A complexidade e imprevisibilidade do coração humano estão entrelaçadas com as surpresas que a vida amorosa pode oferecer, e é nesse emaranhado tecido de emoções e desejos que os relacionamentos se desenrolam. Em outras palavras, podemos afirmar que, embora o amor possa seguir roteiros convencionais, o caminho real muitas vezes se desvia, proporcionando um terreno gigantesco para explorar e aumentar a compreensão sobre este complexo sentimento.
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