5 filmes SECRETOS escondidos no catálogo da Netflix

A Netflix conta com um catálogo recheado de filmes que chamaram a atenção de seus usuários; no entanto, existem cinco filmes ocultos que você deve assistir hoje no seu tempo livre, pois eles não deixarão um gosto amargo na boca, mas sim uma história a mais para contar. Saiba, logo abaixo, quais as cinco obras de arte que separamos para você.

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Prepare a pipoca! 5 filmes secretos do Netflix que vocvê precisa assistir hoje! | Foto de CardMapr.nl na Unsplash

O conteúdo oculto da Netflix

Como é bem sabido, o algoritmo da Netflix é teimoso e sempre mostra o mesmo, o mais novo, ou o que ele acredita que você gosta com critérios duvidosos, e na verdade há muito mais conteúdo para explorar. O menu não manipulado é apenas a ponta do iceberg. Nós mergulhamos nas profundezas e encontramos filmes de todas as origens que representam um desafio ético e/ou estético, com uma visão artística clara ou com atitude suficiente para serem desafiadores, e é por isso que estão escondidos em um canto, como se não pertencessem ali.

Descobrimos uma grande parte da filmografia nada convencional de Miyazaki ou Almodóvar, ou a destacada “Ruído de Fundo”, o novo filme de Noah Baumbach. E assim, poderíamos pensar em outros exemplos. E pensamos. Confira abaixo cinco filmes que você precisa ver o quanto antes.

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Os Exterminadores do Além contra a Loira do Banheiro


O nome já é um sinal, esta produção brasileira é uma festa absoluta. Claro, não há intenção de criar uma obra de arte, apenas se divertir, rir muito. E para isso, qual combinação melhor no cinema do que comédia e terror da Netflix.

Um grupo de youtubers muito inspirados em Os Caça-Fantasmas “investiga” – na verdade, monta e falsifica – casos paranormais até que em uma escola se deparam com um caso real: a “loira do banheiro”, que na verdade é uma lenda urbana popular do Brasil. Um timing impecável para misturar ação, humor e suspense; um arsenal de piadas que vão do agudo ao absurdo, passando pelo vulgar e escatológico; personagens odiosos que depois se tornam adoráveis, possessões muito originais – há uma cena com um feto tão genial que vale por todo o filme – e muito, muito sangue.

Piola


Martín e Charly são amigos e têm uma banda de rap e hip-hop que os ajuda a escapar de seus problemas familiares e econômicos. Sol, por outro lado, conta muito com seu cachorro em seu dia a dia, até que ele escapa e ela sai desesperada para procurá-lo. Esta obra prima de origem chilena narra com muita perspicácia – evitando a denúncia direta – a difícil transição da adolescência para a juventude em um país como o Chile, onde o “não futuro” neoliberal está no ar.

A falta de mobilidade social, as lacunas geracionais irreconciliáveis onde pais e professores nem mesmo entendem os jovens, e a presença constante da polícia são comuns, mas os jovens têm seus amigos, as ruas e a música.

Cidades dos Últimos Tempos


Esta coprodução entre Taiwan, China e França, dirigida pelo malaio Wi Ding Ho, conta de forma reversa a vida trágica de um homem em três noites-chave. Três eventos terríveis: como idoso, como jovem e como adolescente, sendo os dois últimos uma espécie de explicação para o motivo pelo qual Zhang é tão violento e silencioso quando o conhecemos.

Entre o melodrama, o suspense e o noir distópico, cada segmento joga com os gêneros com maestria, especialmente o primeiro, com uma beleza e melancolia avassaladoras.

Pele


O que faz essa extravagância no catálogo relativamente moderado da Netflix é algo que nunca saberemos. Em sua ópera prima, o ator espanhol Eduardo Casanova quis prestar homenagem ao seu adorado John Waters e usou todas as provocações possíveis, deixando o Rei do Mau Gosto no chinelo.

Com uma estética muito elaborada – e hipnotizante – entre o kitsch e o preciosismo de tons rosa e violeta, Pele segue a jornada de um punhado de excêntricos: uma prostituta sem olhos, um garoto que quer se livrar de suas pernas e uma mulher que tem o ânus em vez da boca (e vice-versa) são os que mais chamam a atenção.

Girl


Girl é a história de Lara (Victor Polster) e sua constante – e angustiante – luta com seu corpo. Não apenas com o desenvolvimento da puberdade masculina, que ela suprime com hormônios femininos em uma primeira fase de transição de gênero, mas também praticando dança clássica com muita intensidade, a ponto de fazer seus pés sangrarem.

Este filme belga, a obra prima do diretor Lukas Dhont, além de ter feito sucesso em festivais – incluindo Cannes – dividiu opiniões na comunidade trans por usar um ator cisgênero no papel de Lara. No entanto, além do debate, o desempenho de Polster é deslumbrante e o filme realmente funciona graças a ele.

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