Ter a sua própria casa é a meta de várias pessoas, há quem prefira pagar aluguel e ter liberdade geográfica, mas há quem almeja apenas ter um lar que pode chamar de “seu”. Todavia, uma notícia que foi divulgada pelo Ministro Luiz Marinho, pode mudar totalmente os rumos do programa habitacional, além de prejudicar os planos do presidente Lula de entregar 2 milhões de moradias ainda este ano, entenda.
Luiz Marinho envia proposta ousada ao Congresso
Luiz Marinho é um grande entusiasta do término do saque-aniversário, entretanto, ele vendo que não iria conseguir extingui-lo com tanta facilidade, decidiu mudar a “pauta” e lutar para que seja possível efetuar o saque do fundo mesmo nos casos de demissão.
Atualmente, caso o trabalhador opte pelo saque-aniversário, ele acaba ficando impedido de solicitar o saque-rescisão, o que na visão de Marinho, é algo prejudicial, pois deixa o trabalhador de mãos atadas no momento que ele mais está precisando.
Por conta disso, desde o começo do ano, ele possui falas que indicam sua intenção em acabar com a modalidade de saque. Mas agora, sua nova ideia é mudar a regra e possibilitar o saque após a demissão, mesmo o trabalhador tendo optado pelo saque-aniversário.
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Entenda a relação com o Minha Casa Minha Vida
Basicamente, o dinheiro que está “guardado” no fundo serve para financiar várias obras, pois ele é emprestado a juros. Entretanto, caso a regra seja aprovada e o trabalhador possa sacar mesmo tendo optado pelo saque-aniversário, isso pode acabar gerando uma grande instabilidade.
Principalmente, porque o presidente Lula possui um objetivo pessoal, que é entregar 2 milhões de unidades habitacionais ainda neste ano, sendo que 1,5 milhões seriam financiadas pelo FGTS e o restante custeada pela União.
E agora, para que o Governo consiga avaliar o impacto da possível medida, a Caixa deve enviar os cálculos dos impactos da ação para à Casa Civil realizar a análise e decidir se é viável ou não.
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Mais um episódio de falta de comunicação
O fato curioso chamou a atenção de todos, pois o ministro havia anunciado algo sem primeiro ter o aval da casa civil, para saber se a proposta é ou não viável, já que vai acabar prejudicando outras áreas.
Algo parecido aconteceu em março, quando o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, divulgou o programa que iria conceder passagens aéreas por apenas R$ 200, todavia, ele não consultou a Casa Civil para verificar a viabilidade e até agora o programa ainda não entrou em vigor.
Portanto, o que resta é esperar e ver qual será a decisão da Casa Civil, se irá inviabilizar a proposta de Marinho e o saque-aniversário continua com as mesmas regras ou se irá acatar a proposta e uma grande mudança irá acontecer em vários setores.