Empréstimo afeta o score? Nesse emaranhado que é o universo financeiro, surge um termo cuja importância é vital, tanto para as instituições que oferecem crédito quanto para os consumidores que buscam por ele: o score de crédito. O interesse por esse assunto tem se multiplicado, sobretudo quando se busca entender como a solicitação de empréstimos pode impactar na pontuação creditícia. Isso lhe soa familiar? Se sim, temos uma explanação abrangente para a sua indagação.
Relação entre o score e empréstimo
Em um contexto onde o crédito é um recurso essencial para a economia doméstica e a realização de sonhos, o score de crédito atua como uma espécie de passaporte financeiro, sendo uma métrica crucial no processo de avaliação de risco pelos bancos e instituições financeiras quando da concessão de créditos. Ele se torna o termômetro que indica a probabilidade de um cliente honrar seus compromissos financeiros.
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Quem ostenta um score de crédito elevado tem a vantagem de poder acessar propostas de empréstimos com taxas de juros mais atrativas e condições de pagamento favoráveis. Entretanto, surge a inquietação: solicitar um empréstimo pode, de alguma forma, abalar a pontuação de crédito? A resposta não é tão simples e exige uma compreensão mais ampla sobre a relação entre empréstimo e score de crédito.
Para iniciar, é fundamental compreender o que é considerado um score baixo. O parâmetro para a definição da pontuação de crédito é variável, uma vez que depende de cada birô de crédito – empresas especializadas em coleta, análise e tratamento de informações sobre o histórico de crédito dos consumidores, tais como Serasa, SPC e Boa Vista. Nesses birôs, a escala do score varia de 0 a 1.000 pontos, sendo calculada de acordo com o comportamento financeiro do consumidor, o qual inclui aspectos como pagamento de créditos, histórico de dívidas, tempo de uso do crédito, crédito contratado e consultas para serviço de crédito.
De maneira geral, uma pontuação abaixo de 500 ou 550 pontos é considerada baixa, indicando um alto risco de inadimplência para as empresas que concedem crédito. Essa pontuação é classificada em quatro faixas: 0 a 300 (baixo), 301 a 500 (regular), 501 a 700 (bom), 701 a 1.000 (excelente). Importante frisar que os critérios para a classificação de um score como bom ou ruim variam de acordo com as políticas internas de cada empresa e do tipo de crédito solicitado.
Os bastidores do cálculo do score revelam um complexo mecanismo automatizado por inteligência artificial a partir de modelos estatísticos. Esse cálculo se assenta em quatro pilares, cada um com um peso específico na composição do score. Em primeiro lugar, o compromisso com crédito, que representa 55% da pontuação e está ligado ao pagamento pontual de faturas, como financiamentos, parcelamentos em lojas e empréstimos. Essas informações são coletadas pelo Cadastro Positivo, uma base de dados que reúne informações sobre pagamentos e contratos de crédito.
Em seguida, com peso de 33%, temos o registro de dívidas e pendências. Esse item considera a existência de registros no cadastro de inadimplência ou outras questões, como protestos e cheques sem fundo. Já as consultas ao CPF influenciam 6% do cálculo do score. Se muitas empresas consultam o score de um consumidor ao mesmo tempo, isso pode indicar uma necessidade urgente de crédito, provocando uma leve queda na pontuação. Por fim, o tempo de uso do crédito, que também pesa 6% no score, considera o período em que o consumidor mantém relacionamento com empresas que concedem crédito.
Este fator diminui sua pontuação?
Considerando essa metodologia, seria a solicitação de empréstimos um fator que diminui o score de crédito? A resposta é que solicitar empréstimos não é intrinsecamente prejudicial à pontuação, desde que feito de maneira prudente e parcimoniosa para evitar múltiplas consultas ao CPF, que podem impactar negativamente o score.
Existem estratégias que podem auxiliar na elevação do score, mesmo que um empréstimo tenha sido solicitado. Uma delas é o pagamento pontual das parcelas. Nesse sentido, um empréstimo pessoal pode ser esquecido, acarretando atrasos no pagamento. Nesse caso, a recomendação é que o desconto seja feito automaticamente em débito e que haja saldo suficiente na conta para o recolhimento das parcelas pela instituição ou banco. Também é importante não solicitar múltiplos empréstimos ao mesmo tempo e contratar somente o que se pode pagar.
Já em se tratando de empréstimo consignado, as parcelas são descontadas automaticamente, ou seja, antes mesmo do salário ou benefício cair na conta do cliente. Dessa maneira, as parcelas são quitadas em dia e o cliente mantém um bom relacionamento com a instituição financeira, o que contribui para o aumento do score de crédito.
Um exemplo prático de como a gestão do crédito pode impactar positivamente o score é o uso do empréstimo consignado INSS para quitar dívidas mais caras, como cheque especial ou cartão de crédito. Dessa forma, o cliente aprimora seu histórico de crédito e reduz o endividamento.
Um score entre 501 e 700 indica uma baixa probabilidade de inadimplência, sendo, portanto, um fator positivo para a aprovação de crédito. Por outro lado, um score de 701 a 1.000 facilita ainda mais o acesso ao crédito com boas taxas de juros e condições de pagamento.
Mas e em casos de score baixo, é possível conseguir um empréstimo? Embora seja um desafio, existem empresas especializadas em oferecer crédito para essa parcela da população. No entanto, é importante estar atento às taxas de juros, que podem ser elevadas devido ao risco de inadimplência.
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