ChatGPT está ficando burro? Em meio à crescente evolução da inteligência artificial, uma descoberta recente de pesquisadores da Universidade de Stanford levanta questões intrigantes sobre o desempenho do popular chatbot, ChatGPT. O estudo sugere que, contrariamente à expectativa, o ChatGPT pode estar “ficando mais burro” com o passar do tempo, apesar de suas constantes interações e aprendizados com usuários humanos.
O que fez com que o ChatGPT ficasse mais burro?
A ChatGPT, um chatbot lançado em 2022, ganhou destaque pela capacidade de imitar escrita humana. Isso gerou controvérsias, com alguns temendo que os humanos pudessem ser substituídos por tais tecnologias no local de trabalho, além de incidentes onde alunos em idade escolar usaram o ChatGPT para fins desonestos, como trapaça. O chatbot, que aprende com as interações com os usuários, foi inicialmente concebido para se aprimorar progressivamente. No entanto, o estudo de Stanford levanta dúvidas sobre essa premissa.
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Os pesquisadores descobriram que a versão mais recente do chatbot, o GPT-4, que alimenta o ChatGPT Plus, pode não estar atendendo às expectativas. Afirmam que a inteligência artificial do bot está, de fato, decrescendo. Esta revelação vem à tona após reclamações dos usuários de que a versão atual do bot não está à altura das versões anteriores.
O estudo, concentrando-se no GPT-4, constatou uma variação significativa no desempenho e comportamento entre esta e a versão anterior, GPT-3.5. Segundo os pesquisadores, o desempenho em algumas tarefas teria piorado substancialmente com o tempo. Para chegar a esta conclusão, os bots foram desafiados a resolver problemas matemáticos, responder perguntas delicadas, gerar códigos e responder a algumas questões de raciocínio visual.
Ainda não está claro o motivo do suposto declínio no desempenho da versão mais recente do ChatGPT. Embora a interação humana não seja necessariamente a culpada, a OpenAI – organização proprietária do ChatGPT – informou que a regressão também não é devido a alterações de software.
Cenário contestado
Este cenário foi contestado por Peter Welinder, vice-presidente de produtos e parcerias da OpenAI. Em um tweet recente, ele garantiu que a organização não tornou o GPT-4 mais “burro”. Welinder afirmou que cada nova versão do software é projetada para ser mais inteligente que a anterior. Ele sugeriu que o aumento do uso do bot pode ter levado os usuários a perceber problemas que antes passavam despercebidos.
Welinder também incentivou os usuários a responderem ao seu tweet com exemplos onde acreditam que o desempenho do bot regrediu. Em resposta, vários usuários do Twitter apresentaram exemplos que, segundo eles, indicam que o ChatGPT está perdendo a inteligência com o tempo.
A questão se torna ainda mais intrigante à luz dessas descobertas e reações. Poderia a inteligência artificial, ao contrário da crença popular, não ser uma linha ascendente constante de aprendizado e aprimoramento? Este estudo de Stanford, junto com as experiências compartilhadas pelos usuários do ChatGPT, parece indicar que pode haver mais nesse enigma do que se supunha inicialmente. A investigação continua à medida que os especialistas buscam entender o que está realmente acontecendo com o desempenho do ChatGPT.
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