Notícia que pode repercutir negativamente entre usuários, especialmente da América Latina, onde aplicativo de bate papo é mais utilizado, tem relação direta com as operadoras de telefonia do país que buscam nova estratégia que impacte positivamente em seus lucros, após a chegada do 5G ao Brasil. Além do WhatsApp, outros aplicativos também podem ser afetados se a decisão de fato seguir adiante. Continue lendo e saiba mais sobre o possível fim da gratuidade do app.
WhatsApp não será mais gratuito
A afirmação não está de todo correta. Essa possibilidade existe apenas em casos onde o usuário precise usar o aplicativo de bate-papo na rua, por exemplo, sendo necessário recorrer ao uso dos dados móveis para ter internet e utilizar os aplicativos que dela necessitam para funcionar.
Até hoje, a maioria das operadoras de telefonia celular do país ofereciam pacotes especiais que não contabilizavam o uso do WhatsApp como gasto em seu pacote de dados. Em outras palavras, era um dos únicos aplicativos em que as operadoras liberavam o uso sem interferir na sua conta, nem no consumo da internet móvel. Mas com a chegada do 5G os planos devem mudar.
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O que era grátis virou prejuízo
Se por um lado as operadoras viram o número de adesões aos planos de telefonia aumentar expressivamente quando passaram a oferecer WhatsApp liberado em seus pacotes, agora operadoras como Tim, Vivo e Claro estudam dar um fim a esse “brinde”.
Segundo informações da Folha, a estratégia que alavancou as vendas até então, perdeu sua força com a chegada do 5G, devido aos investimentos feitos para a chegada da nova tecnologia ao país, com isso as empresas afirmam que a estratégia não se sustenta mais economicamente.
Por que as operadoras podem acabar com o WhatsApp ilimitado
A palavra mais usada pelos executivos das principais operadoras de telefonia do país para justificar o fim do acesso ilimitado a esse(e a outros) aplicativo é prejuízo.
Segundo informou à Folha, a Vivo não apenas confirmou que pretende deixar de oferecer a gratuidade do WhatsApp, como deve colocar outros aplicativos no mesmo barco do que passará a ser consumido pelo pacote de dados contratado pelo usuário. Um dos aplicativos citados é o Waze, muito utilizado como gps para viagens ou localização de ruas desconhecidas enquanto se está dirigindo e que, até entao, era oferecido pela operadora em alguns planos pós-pagos.
“Cada vez mais nós temos diminuído a oferta de aplicativos com uso ilimitado para o mercado, porque entendemos que existe a necessidade de remunerar o investimento feito na rede”, disse ao Broadcast, do Estadão, o vice-presidente de negócios da Vivo, Alex Salgado.
A Tim corroborou o mesmo discurso de inviabilidade econômica. De acordo com o diretor de receitas da operadora, Fábio Avellar, o tráfego não remunerado está trazendo prejuízo. A empresa oferece atualmente acesso ilimitado ao WhatsApp e ao Deezer nos planos pré-pagos e pós-pagos, que também oferecem Instagram, Facebook e Twitter ilimitados.
O presidente do grupo Claro Brasil, José Felix, também segue a mesma linha de raciocínio, chamando inclusive a estratégia de erro, em evento de inovação em telecomunicações no mês passado. Felix acrescentou que a manobra usada até então fere o princípio da neutralidade da rede, determinado pelo Marco Civil da Internet.
Desta forma, José Felix acredita que oferecer o WhatsApp ou outros aplicativos de modo ilimitado precisa ser revisto para que novos acordos considerem “o tamanho díspar das principais empresas de tecnologia, como Meta, Google e Apple”. Atualmente, a Claro oferece acesso limitado não só ao WhatsApp, mas também ao Waze e às redes sociais Instagram, TikTok e Facebook.
Atualmente, a aplicativo de mensagens WhatsApp representa o principal uso dos smartphones no Brasil, entretanto, ao que tudo indica, o brasileiro terá que mudar de hábitos ou ” — ou abrir “coçar” o bolso.
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